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31.12.16

Vai morrer o Ano Velho, viva o Ano Novo!

A Família e aos Amigos

Quando chega o final do Ano Velho, à meia-noite e um segundo, trocam-se votos de alegria,  felicidade e deseja-se que o novo Ano traga para todos muita saúde e felicidade. Assim costuma ser.

Como é habitual também, a esperança pode tornar-se rapidamente em desespero ao constatar que o Ano vindouro não mais é que a continuidade nostálgica dos tempos passados.

Não se espante; a artificialidade existe nas mentes daqueles que depois dos votos voltam à rotina. O futuro, felizmente, não existe por si só. O futuro “é” ou antes, “será” a felicidade esperada e depende essencialmente das nossas atitudes.

Mas é verdade que o conceito de felicidade não deixa de ser muito subjectivo.

O que é para si a felicidade? Para muitos é ter saúde, ter avos, pais, filhos e netos que amam, meios materiais de subsistência, ter um telhado…, para outros é ter amores, amigos, realizar-se na esfera profissional e nunca esquecer de festejar qualquer evento em ambiente efusivo e de grande alegria.

2017 – como em anos anteriores – é tempo de nos lembrarmos dos entes queridos que nos deixaram e brilham no firmamento, agora como estrelas.

31-12-2016


JoanMira 

28.12.16

Texto - Miséria, luxo e corrupção

Se Portugal, com os seus 10 milhões de habitantes, apenas consegue oferecer um salário de 500 €uros aos seus diplomados, se ainda por cima (neste caso por baixo) tem cedido ao ultimato de troikas, Banco €uropeu, FMI… e tantos outros agiotas, se incentiva os jovens a “ir ganhar experiência para o estrangeiro”, se organiza o desemprego para que, segundo as sacrossantas regras do liberalismo, o preço do trabalho seja cada vez menos oneroso para os patrões, se se alheia do destino dos seus idosos, jovens, reformados, doentes… Cabe-nos colocar uma questão essencial: a que servem aqueles que elegemos para dirigirem os destinos do Pais? 

Todos sabemos que o capitalismo tem um só e único objectivo: permitir que peritos permanentes em “trafulhices” e outros gatunos acumulem fortunas em detrimento e através da submissão dos escravos dos tempos modernos: os trabalhadores.

O escritor francês Emile Zola retrata com realismo e talento, de forma premonitória, os mecanismos do capitalismo, no fim do século XIX, através da descrição da Bolsa e seus agentes, no livro “L’argent”.
  
Já nesses tempos era assim: o Povo trabalhava e os abutres constituíam imensas fortunas à custa da imensa maioria que labutava e sobrevivia na miséria...

Entretanto,  a Sociedade foi-se organizando para constituir um contrapeso social à voracidade do capital, através de leis que, progressivamente,  foram devolvendo alguma justiça aos humildes… E instaurou-se a Democracia.

Mas actualmente que nos resta do progresso social? Após 40 anos sobre a “Revolução da Esperança”, resta-nos tentar reconfortar os sobreviventes e observar a raiva crescente de muitos  espoliados pelos raros e pouquíssimos "Donos" da Nação!

Governantes presos, outros a caminho da jaula, banqueiros vigaristas, gatunos que nos retiraram uma vida decente, o pouco que ainda não roubaram a Portugal também não vos pertence…

Restituam rapidamente os bens que ao Povo pertencem sem esperar que um dia, tarde ou noite alguns mais destemidos façam justiça.

Em vésperas de Ano Novo desejo a todos os Amigos melhor e feliz vida.

28 de dezembro de 2016.

JoanMira 

Astronomy picture of the day - 2016 December 28 - Curiosity Surveys Lower Mount Sharp on Mars

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Curiosity Surveys Lower Mount Sharp on Mars 
Image Credit: NASAJPL-CaltechMSSS;
Explanation: If you could stand on Mars -- what might you see? If you were the Curiosity rover, then just last month you would have contemplated the featured image -- a breathtaking panorama of the lower portion of Mount Sharp. The colors have been adjusted to mimic lighting familiar to Earthlings. Surveyed here was a rocky plain before increasingly high rolling hills. The rounded hills in the middle distance, called the Sulfate Unit, are Curiosity's highest currently planned destination. One reason these hills are interesting is because sulfates are an energy source for some micro-organisms. The immediate path forward, though, was toward the southeast on the left part of the image.

Texto - Feliz 2017!

Bem, o Natal já passou com todo o seu mercantilismo mas, é verdade também, com a alegria do convívio familiar e celebração dos seres que mais amamos: “os nossos meninos”.

Mas, a angustia vai perdurar por alguns dias mais: é “a passagem do ano”, é “os reis”, é, logo nos primeiros dias de 2017 a dura realidade da vida!

As festas de fim de ano que, outrora, eram pura e simplesmente um momento de amor, paz e amizade em que a alegria era ver o brilho nos olhos das crianças, transformou-se desde há muito numa orgia de prendas e votos obrigatórios muitas vezes vazios de toda consistência sincera.

Como poder aceitar abraços, beijinhos, votos de felicidade de pessoas que ao longo da vida nunca tiverem nem respeito nem consideração pelos valores humanos? A esses desejo, com a mesma hipocrisia que lhes é habitual, que “passem” bem o ano.

O ano não começa nem acaba quando os Homens o decidem. Começa na felicidade de um ser que nasce e acaba, todos os dias, para pessoas que perdem o seu trabalho, perdem os seus entes queridos, que são humilhados pelos seus "chefes" e, enfim, perdem a vida.

Para todos os Amigos e Família "veros" os meus votos não serão aquela trapalhada de bom ano novo 2017 mas sim: melhor e feliz vida.

28-12-2016
JoanMira

21.12.16

Texto - Hipocrisia e Sinceridade

Fala-se de beleza física ou de mente bem feita?

O discernimento é, por vezes difícil de apreender.

Quando tudo se conjuga, o ser humano até pode  atingir a perfeição.

Acontece quase todos os dias do ano. A pessoa social tem sempre tendência a elogiar a outra, mesmo pensando o contrário, para que a lisonjeie passando a mão de Judas.

Quando da minha estadia no Rio o meu Amigo “Cara do Corcovado” ensinou-me muitas coisas; à partida adversários disfarçados, aceitei a filosofia dele.

O “Cara” é um individuo justo; aceita ideias diferentes das dele, compreendas e incita-nos a seremos melhores.

Tudo isto para concluir que o Natal deveria  ser todos os dias. Que a ganância e hipocrisia  não devam só ter pausa no momento festivo.

Viva sempre com honestidade que lhe dita a sinceridade!

20.12.16

Texto - "Vida e reflexão"

Tendo gasto já a maior parte da minha vida, pensando nela, tendo sido honesto e objectivamente justo, acreditando que mesmo assim sobrevivi a muitos seres, hipócritas, mentirosos, nojentos, cobardes, estúpidos… Sem fé nem lei…

Digo: A vida é assim; até nos podemos “borrifar” relativamente a todos que não pertencem à nossa família; mas quando esta esta em causa, não podemos deixar de esquecer o legado dos nossos antepassados.

Posso perdoar a todos “de fora” mas nunca aos que me ofenderam a mim e a minha família.

Se o Inferno existe que para lá vão os impetrantes.

(Se possível com tortura)

20-12-2016

JoanMira          

Renaud - "Son bleu" - Video - Musique

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"Son bleu"

19.12.16

Texte - Poème de Noël


Y’a dans le monde tant plein de salauds
Que l’esprit hier et maintenant pense :
La race humaine accepte tous les maux
Tant hypocrite et en pleine indifférence

Elle oublie toute l’année ses pauvres vieux
Mais quand Noël arrive la bonne conscience
Pensant au Christ se questionnant sur Dieu
C'est la fête croyante des matérialistes envieux

Pour tous les sincères desquels je me réclame
Même non chrétien mais aimant la justice
Pourrais-je oublier les origines de mon âme
Quand il est question que de tout mal ne puisse

Noel est une célébration qui réunit les êtres
Un moment de réflexion sur les actes manqués
Pour les hypocrites c’est le moment de paraître
D’autres sans religion préfèrent l’amitié.

C’est ce que je pense avec ou sans raison.

19-12-2016


JoanMira

Texto - Como fazer trafulhice com a Contabilidade Publica ?


Então é assim: em qualquer Repartição, o utente ao pedir um acto administrativo paga-o por antecipação; o funcionário recolhe a receita, regista-a, entrega o respectivo recibo, deposita a mesma na conta bancária da instituição e presta contas.

Posteriormente, o acto é executado e entregue em mão própria ou remetido por via postal.

Isto acontece, em condições normais, em qualquer serviço do Estado seja ele em Portugal ou no estrangeiro.

Imagine agora que o utente paga, (preferencialmente por via postal) e não se lhe emite o competente recibo, alegando-se – por vezes com razão – que o acto não pode  ser executado de imediato por razões diversas, as quais, muitas vezes, se devem a exigências burocráticas justificadas ou não; neste caso a receita é arrecadada mas não é registada.

No fim do mês – se não houver atraso – presta-se contas ao organismo que superintende a Contabilidade Publica, de toda a Receita registada.

E a outra, aquela que ficou em “stand-by”, para onde vai ela, enquanto o acto não é executado ou quando o utente, cansado de superar obstáculos burocraticos, desiste do pagamento que fez?

Em nome da instituição alguns funcionarios abrem, no melhor dos casos, uma conta bancária paralela apelidada de “Saco Azul”, “Conta B” ou outros…

Em Países em que a inflação é elevada, as taxas de juros são tão apetecíveis que alguns funcionários corruptos não resistem à tentação de se apoderarem deles; magro furto se considerarmos o “capital” principal que também ninguém controla…

E esse “capital” representa uma soma tão fenomenal que até o meu antigo ordenado fica incrédulo…

Não digo nomes nem localidades enquanto não apresentar queixa ao M. P.

Entendido, Amigos e Colegas de um Pais longínquo?

Beijinhos e abraços.

19-12-2016


JoanMira 

17.12.16

Texto - Escândalo no Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro (2)

Palavra dada é para ser cumprida.

A 10 deste mês publiquei neste blogue que no prazo de uma semana iria revelar as irregularidades que ocorrem há anos no Consulado-Geral no Rio de Janeiro.

Na altura solicitei aos representantes do Povo que se apoderassem do caso que esta a lesar o Estado, isto é todos nos.

Até agora, que saiba, nenhum se manifestou.

Como algumas pessoas me solicitaram hoje que revele o que sei, como os sete dias terminam à meia-noite, como todos sabem na Europa amanhã é sábado e depois é domingo,  como a palavra dada é para ser cumprida (como me ensinaram os meus pais), confirmo que na próxima segunda-feira publicarei a informação que muitos esperam com alguma curiosidade, com excepção de uma, com muita ansiedade.

Que se tranquilizem todos os colegas menos outra.

Beijinhos e abraços.

17-12-2016

JoanMira

13.12.16

A morte não existe


A morte não é o término da vida.

A outra, como será? 

Facto é que ao adormecer temos uma sensação voluptuosa; um bem-estar maravilhoso que nos faz pairar no éter; tão lindo o espaço infinito que nos trilha o caminho.…

Tornamo-nos, então, astros, planetas, lua, estrelas, cometas…

E não mais desejaríamos acordar…

A morte é abstracta e viva; o sonho é lindo.

Bordeaux, 13 de Dezembro de 2016.

JoanMira

Homens da Luta - "E o povo pah"? - Video - Musica - Ao vivo

E o povo, pah?

Texto - CCP? …Deixem-me rir…


O “Deixem-me rir”, do Jorge Palma, não é por acaso ou não, uma daquelas musiquinhas que insistentemente se insinuam na nossa memoria.


Na consular vida profissional, sem consolo algum, digamos, até nos foi dado o irreprimível e salutar ataque de riso perante o palerma “de canudo às costas”, confundindo certa musica “pimba”, “executada” por uma improvável xaranga, num circo de aldeia, com o “Bolero” de Ravel…

As probabilidades de se encontrar algum parvo dessa laia aumentam directa, proporcional e extraordinariamente com a relação da sua acção politica.

Desmantelaram o ensino, arrasaram a nossa economia, sob a douta orientação do "Cavacuo" Deus o leve para muito longe... com o palhaco Peter Steps Rabbit.

Pobres criaturas corruptas, sem fé nem lei, torturando o Povo a seu bel prazer! Servindo-se em vez de servirem o Estado…

Povo Português, acorda! Quem pode suportar que os nossos idosos terminem a sua vida de forma tão miserável!

Mães que deram à luz os imbecis políticos que temos, digam aos vossos filhos que chegou o tempo da Revolta! Morrer não é nada se for com dignidade. A dignidade que os FDP nos estão a tirar!

Ah, e já agora, parece que o meu intuito era falar do CCP…

Decididamente, não é o dia, prefiro deixar para outra publicação inspirada pela, também, linda canção do Paulo de Carvalho: “E depois do Adeus”.

Bordeaux, 11 de Outubro de 2013.
JoanMira

12.12.16

Texto - Belos tempos; memorias lindas do tempo passado.

Sei que sou um tanto exagerado no ódio ou na paixão, mas tento, quanto possivel, ser objectivo e justo.

Raramente acerto: seja no pensamento demonstrado, seja no facto de o não poder correctamente transmitir. Raramente tenho certezas, mas como será a saudade repetida?...

Os dias passam iguais, sempre, monotonos, parecidos com toda e qualquer parvoice alegre  da juventude perdida.

Quando alcançam a noite sem condição deixam-nos na fundamental interrogação; que faco aqui? 

Tento disfarçar mas não consigo; alguém esta sempre no meu pensamento; tardes bem passadas, velhos tempos, belos dias!

Minha memoria esta feita de muitas e belas recordações; lindos dias feitos de emoções. Sorrisos no meio de conversas sem fim…

Belos tempos, velhos dias…

Hoje a vida é feita dessas recordações que ajudam a apagar emoções para ter sempre presente o que era lindo. Velhos tempos, belos dias.

Dentro de pouco chegarei ao Paraiso perdido.

Abracos e beijinhos.

Bordeaux, 09-10-2016

JoanMira


Texto - No Rio a vida é bela para os trafulhas!

Faltam cinco dias para que novo escândalo no Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro seja revelado…


Quem vos avisa, bem vos quer.
Representantes do Povo ja deviam ter-se apoderado desta questão grave; não é Carlos Goncalves?...

O “Correio da Manhã” esta a postos…

Reajam os honestos!



Beijinhos e abraços.

Bordeaux, 12 de Dezembro de 2016.


JoanMira

Texte - De nouveau en deuil


Moi et les remerciements inutiles… c’est vrai, je n’aime pas trop m’épancher ; c’est vrai que je peux passer une éternité sans voir mes Amis ; c’est certain, cependant, que mes Amis me manquent ; mais je ne laisse rien paraître… je suis ainsi.

Ceux qui sont mes vrais Amis me pardonnent facilement quand ils devinent la joie qui est la mienne lors des retrouvailles !

Cela va sans dire mais c’est quand même mieux en le disant !

***/***

Para vocês todos meus Amigos, do "feicebuque" e d'além, beijinhos e abraços ; e quando chegarmos ao outro mundo nem vamos precisar de qualquer tipo de comunicação electrónica, artificial…

Quero que saibam quanto de vocês gosto; escrevo-o agora porque a morte, a qualquer instante nos pode colher.

Este ano fiquei muito mais pobre: perdi mais um grande Amigo: o António de Toulouse; um Homem sincero; um Homem bom.

Estou convicto que o “Cara do Corcovado” tomou conta dele e que, neste momento ele em nos estah pairando o seu olhar bondoso.

A Família reitero os meus sentimentos sinceros.

11-12-2016


JoanMira 

11.12.16

Texto - Emigracão vs criaturas sexualmente desasjustadas


Será o titulo do livro que irei escrever sobre todas anomalias, trafulhices, irregularidades quotidianamente praticadas em Consulados e Embaixadas. 

Em 40 anos de servico ha tantas coisas captadas que nem sei por onde comecar.

Há muito a dizer e o meu intuito é de desvendar todos os desajustados das Necessidades colocando os seu cabecões na comunicacão social…

Assim, serão revelados casos concretos, autores e suas prevaricações…

Porque em 40 anos de servico muitas coisas se guardaram, se captam, e, porventura se dizem...

Esta para breve.

Até lá,

Abraços e beijinhos.

Bordeaux, 11 de Dezembro de 2016

JoanMira

Texto - Dialogos com o Cristo - 25-05-2012

Hoje travei com o meu Amigo do Corcovado intensa, e até acesa discussão, naquela que será a ultima desde o hotel em que me encontro.

E verdade, esqueci-me de dizer: na próxima semana já não estarei tão perto dele como estive durante três meses no hotel onde, quotidianamente, nos falávamos.

Permanecendo em Copacabana, mudo-me, porém, para mais perto da praia; pouca distância, mas uma separação, um pouco mais além.

Eu que não tenho nem preciso de religiões, vou muito sentir a sua falta; ele e eu, com toda a modéstia, da minha parte, trocavamos impressões muito interessantes.

Disse-lhe à chegada ao Rio: “E pá, para lá com essa pôrra de teres nascido da virgem!”…

Ele respondeu-me com calma: “Olha, eu nada apregoei; fui um ser humano como tu…

Interrompi-o de imediato e, aprontava outra bem preparada pergunta…quando, interrompendo-me a seu turno: “Tens a certeza da veracidade de tudo que sabes?”

Respondi-lhe, triunfante, que a filosofia me tinha ensinado que a duvida é a essência da existência!

Responde: “Olha, creio ter sido compreensivo, místico, imaterialista, sociólogo…; mas não quero ser culpado de todo o mal que vocês fizeram na Sociedade! Aproveitaram-se da minha imagem para em meu nome cometerem crimes hediondos! Nunca quis isso; minha existência foi sempre de paz e amor; não sou a imagem que de mim têm; sou um ser de respeito da condição humana, como dizia Malraux.

Milagres, nunca fiz nenhum; sempre fui um ser com muitas imperfeições; todavia tentei ser sempre honesto, e acho que isso é que vai ficar no teu pensamento.

O resto é tudo mentira; tudo quanto dizem sobre mim, é mentira, mentira…

Mentira toda essa ”recuperação” que é feita; mentira; vivi de acordo com o que entendi ser o melhor para o ser humano e nada mais.

“Idealismos, nacionalismos, comunismos, capitalismos, liberalismos e montes de coisas terminadas em “ismo” são pura invenção vossa; eu nada disso quis; só um termo me interessa: “humanismo”... mas parece que disso pouco falas…

Bem, a conversa era interessante e então atrevi-me, uma derradeira pergunta: “Olha lá, mas não perdoaste a quem?” (estava à espera que pronunciasse o nome de Judas).

Respondeu-me de imediato: “não perdoei a todos aqueles que me atraiçoaram, não perdoei nem perdoo a todos os que servindo-se da minha imagem infligem sofrimento”

Rendido, perguntei-lhe ainda: “E quem são esses gajos? Talvez sejam alguns que me querem mal; responde por favor...

Foi concluso, obvio, “eloquente” e objectivo: “nunca fui delator, apenas te posso dizer que são todos os que vivem no teu Universo e que não têm alma”.

“A maior parte deles vive em sofreguidão do haver material, como se a vida terrestre não tivesse limites”.

Perante tal magistral demonstração, não me atrevi sequer a pedir-lhe um parecer sobre o meu problema actual: a guerra entre Portugal e Andorra…

Antecipando a minha possível pergunta, disse-me, no entanto: “Amigo, eu sei o que ias dizer; compreendo o teu sentimento de injustiça e, até, de alguma revolta mas, peco-te por favor:

Guarda calma, serenidade e capacidade de discernimento; pensa nos teus filhos, netos e afins; Garanto que se algum FDP aqui vier parar por engano, fica feito ao bife…

Depois faço-lhe a folha…”

Depois desta conversa que, transcrevo para os “seguidores” do blogue, fiquei sereno e muito mais em paz: “E muito bom saber que tenho um grande amigo.”

Obrigado Amigo do Corcovado!

Rio de Janeiro, 25 de Maio de 2012.

JoanMira

10.12.16

Escândalo no Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro

Há alguns anos revelamos o escândalo que se passava no Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro.

Estão em causa milhões de Reais desviados.

Quando da minha passagem – 2012 – detectei as irregularidades que se cometiam e talvez - porque não - se continuam a cometer. 

Informei, na altura, o Cônsul-Geral, Dr. Nuno Belo que entendeu não dar seguimento às minhas averiguações.

Por ter revelado as trafulhices existentes, por via não oficial, e não - por outra via - como se diz no Ministério dos Negócios Estranhos, fui castigado com um processo disciplinar e com multa de 1.700 €.

Entretanto, os vigaristas continuaram a roubar descaradamente sem que a nossa "diplomacia" nada fizesse!!!

Tenho 40 anos de MNE e uma avaliação considerada de excelente por todos os meus superiores hierárquicos.

Tenho, também, 3 processos disciplinares por ter o defeito de sempre dizer a verdade denunciando todas quaisquer trafulhices de que tenha conhecimento.

Então é assim: já que me colocaram em licença sem vencimento – ao cabo de 40 anos de bons e leais serviços – já que tudo que revelei sobre as trafulhices que detectei apenas serviu para beneficiar o (s) infractor (es) e castigar quem denunciou…

Decidi que caso um representante do Povo se não queira apoderar deste assunto premente e da maior importância, em que o Estado esta a ser gravemente lesado, – portanto todos nos - levarei, no prazo de uma semana (até 17 de Dezembro) - este assunto à comunicação social.

Beijinhos e abraços.

Bordeaux, 10 de Dezembro de 2016.

JoanMira

Texto - A cônsul Filomena e as radiações nucleares


Naquela linda manhã de sol pálido, mas de sol, os sobreviventes iam imergindo, atónitos, ainda pálidos e surpresos de que Deus os não tivesse levado para um Inferno mais atroz ainda que aquele a que, quase por milagre, tinham sobrevivido.

Chamas e fumo por todo o lado… passava-se por cadáveres inertes (claro)... Ninguém bulia, e ninguém sabia o que se tinha passado depois do intenso clarão que escondeu a luz do Sol.

Alem do que a visão humana alcançava, apenas destroços num horizonte azul-metalico…

E aquele ultra-som quase imperceptível, acompanhado de odores ácidos…

Pensei de imediato que seria mais uma das asneiras a que a Filomena nos tinha habituado quando da passagem sem gloria pelo consulado de Portugal em Bordéus; mas, reflectindo melhor, cheguei à conclusão que não; é que a Filomena não tinha inteligência suficiente para provocar tamanho cataclismo...

Pois...; a Filomena é apenas uma cretina-parola; jamais poderia ter sido ela a desencadear semelhante catástrofe.

Porque para ela fazer varias coisas ao mesmo tempo já é uma actividade demasiado árdua: imagine só: respirar, andar, dar ordens bacocas aos subalternos que lhe foram alugados e simultaneamente mandar os seus famosos e ostentados “yeaps”…

Decerto foram aprendidos de cor la para os lados de Washington...

Não sabemos se assim foi; mas contudo é certo que essas onomatopeias provocam a hilaridade de toda e qualquer pessoa que através delas percebe o complexo da pessoa…

Por isso logo pensei: para se ser maquiavélico, tem de haver varias condições "sine qua non": ter-se inteligência, ter-se um cérbero "arrumado", capacidade de síntese e organização/coordenação...Enfim, tudo o de que carece a infeliz criatura...

Assim sendo, jamais poderia ter estado a pobre da Filomena (rendamo-lhe esta singela homenagem), na origem do fim da nossa civilização.

Mas alguém, de facto, tinha premido o botão nuclear.

Encharcado de transpiração tentava imaginar onde me refugiar; entrei no meu automóvel mas nem consegui sair de casa tal era o "engarrafamento" nas estradas de pessoas fugindo a morte...

Já era tarde de mais; a onda de choque tinha-nos invadido acompanhada de um vento quente carregado de átomos loucos no meio de ondas sonoras intensas... Dentro de minutos chegaria o bafo infernal para nos liquidificar, derretendo todos corpos; aos sobreviventes só restava a esperança ténue de poderem sobreviver às mortais radiações...

A palavra de ordem era abrigar-se… Era o "salve-se quem puder"; mas onde?

Não havia mais solução para a vida…

Nem um navio acostado naquele porto nos podia salvar! Ter-se-ia feito algumas miseraveis milhas que já a radioactividade nos teria alcançado.

E a Filomena, palerma, sorria entre “yeaps, yeaps, yeaps…” como se na sua cretinice extrema fosse imune aos "raios que a destrocem…"

Acordei. Acabou o pesadelo...

Não foi desta vez não!

17-08-2023

JoanMira

2.12.16

Texto - Stormy black Monday

Levantei-me muito apressado
Quase em passo de corrida, porque
A Filomena por mim esperava
No fim da minha avenida…

E olha, ali esta ela com sorriso de
Ensurdecer; não fora as olheiras
Teria de seguida dito o meu amor.
Não é o caso:  é só dor.

Filomena, minha magana, de amor;  tiraste-me a vida. E mesmo com toda a dor continuei a gostar da avenida.

Mereces e por isso queria  presentear-te com 
Uma minha preferida frase de amor: vai lá enganar outro,
Amiga não me enganas tu, eu sei que gostas
De levar … ao geito…Já tirei a medida.

Quero que saibas que fiz uma foto tua
Lá no inicio d’avenida… Não ficou la
Muito bem, não… Não tens culpa, eu também
Sou muito feio e pouco fotogénico …
Não sabias que és parva?! Desculpa a revelação…

Idiota cretina e mais ainda, só te queria
Dizer, nesta minha forma de ser  e
Já que para ti nada valho, apetece-me comentar
Com compaixão contida, vai algures com outra alegria.

Cansado estou, mas a luta nunca vai parar 
Enquanto viveres. Quê, cansada?! Que fazes dos
Teus dias, quando porventura paras de te pavonear
Ou controlar a tua conta bancaria?!

Como estas cansada de nada fazer…
Só há uma coisa a te desejar: que vivas
Doravante e tão bem como os servos que
Pensas dominar.. Eles não falam; eu sim.

Neste ponto da conversa, ja sei que gostarias de dizer 
Que pouco valho; como recebi uma educação que 
Ignoras, contrariamente ao que pensas, nada direi.

Para terminar, mando-te para um sitio deveras popular: E te mandar para um sitio deveras popular; chama-se Democracia.

Beijinho Filomena.

01-12-2016


JoanMira  

30.11.16

Texto - Ponto de vida

Já que lemos muitos Amigos noticiando suas mazelas, queixumes intensos de quem perdeu algo de muito precioso que até pode ser um ser humano, mas, sobretudo, a pouca sorte, apeteceu-nos enveredar pelo mesmo caminho, descrevendo uma situação algo invulgar.



Atenção: Parece impossível, mas a grande maioria do que vamos relatar é real.

Então eu é assim.

De quando em vez surge uma cor azul-já-menos-carregada no meu olho esquerdo como que a homenagiar o grande murro ali levado por badalhoco e fugitivo individuo... O verso da minha mão direita continua algo inchado, fruto da murraça sofrida pelo candidato impetrante...

E isso me custa muito aceitar. Sofrer por uma simples riposta…

Felizmente, o meu coração continua a bater muitíssimo certo (e para certos seres femininos nem digo…).

A minha prostata so me obriga a levantar uma dezena de vezes por noite. 

O meu fígado agradece a forte diminuição de bebidas alcoólicas.

As minhas hérnias discais parecem ter-se esquecido de mim (já consigo andar de gatas).

O cancro dos intestinos parece estar controlado.

A depressão profunda ainda deixa minutos de répito.

Como vê, tudo bem! Imagino o desespero de quem viva isso tudo sem salário... 

Mas... não é que é esse o meu caso!? Escrevendo, relatando, descrevendo, quase ia me esquecer de que me encontro nessa situação graças às "Necessidades".

Venha então uma suave gripe saloia para trazer a alegria...

30-11-2016

JoanMira

Texte - Marianne – “Titi Clown”

J’étais tranquille et peinard, je ne marchais pas au hasard puisque je baignais dans un insouciant farniente de bonheur confortable dans le ventre de ma maman. Ô, bien des sons intrigants appelaient mon attention ; naturels, ils faisaient partie de la vie heureuse, celle qui, croit-on, durera au-delà des âges et même jusqu’à l’infini si cela est possible… L’éternité ! Vous y croyez ? … Mais trêve de rêves : j’étais, en juin de 1950, bien au chaud et heureux ; et, en en mars de l’année suivante je débarquais dans le monde que je ne savais pas encore si cruel

Et, quelque temps après, je commençais le parcours de la vie ; rampant, me redressant et marchant finalement, comme il est prévu dans les gênes des êtres.

Puis ma sœur est arrivée. Magie ; j’étais si heureux de m’occuper du bébé que, aujourd’hui encore, cela me reste comme  une référence du bonheur !

Arrivé à ce point je suis obligé de faire un grand bond dans le temps ; non pas que ma vie antérieure ait été moins intéressante mais, simplement, parce qu’elle pourrait ressembler à toute vie commune des êtres qui naissent, vivent et meurent…

La mort nous guette avant même notre naissance et, comme tous, j’y ai été confronté ; mort du père et, en suivant, celle de la maman qui m’a mis au monde avec, dans l’espace, d’autres êtres très chers aussi. Et puis la mienne, en 1991… Non, non, aussi extraordinaire que cela paraisse, j’ai survécu…

Son amour pour moi je l’ai vraiment compris après sa disparition…

Comme j’aimerais revenir au temps passé… Mais la vie est ainsi faite ; personne ne revient des bonheurs furtifs et toutes les longues peines.

Mais, parfois, surviennent des événements heureux et je les associe à la naissance de mes enfants.

Et là, il me restait un dernier bonheur ; né le "Titi" - remerciements aussi à sa mère – il me restait à contribuer à éduquer un petit être  extraordinairement facétieux que, rapidement, j’ai surnommé le      " P’tit Clown de Mon Cœur". Avec le temps, cela allait devenir "Ti Clown" et aujourd'hui "Titi". 

Je la remercie pour avoir mis un peu de baume à mon cœur plusieurs fois blessé par la maladie et disparition de tant d’êtres aimés.

Mon rayon de soleil est arrivé le 15 décembre 1992 !

J'adore mon Titi. La seule chose que je lui demande, après ma disparition, (que j’espère la plus lointaine possible) c'est de se souvenir de moi en m'aimant comme je l'aime: à l'infini.

Bordeaux, le 30 novembre 2016


JoanMira

28.11.16

Raul Seixas - "Ouro de tolo" - Video - Musica

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"Ouro de tolo"

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...


Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...


Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...


Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...


Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...


Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...


Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...


Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...


É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...


E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...


Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...


Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...


Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...


Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

26.11.16

Texto - A terceira Guerra Mundial

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Subitamente, num dia atípico em que o sol se pôs e tornou a nascer, iria acontecer o grave e diplomático incidente.

Duas potências mundiais, na sua bélica afirmação, iriam decidir entrar num  conflito mortífero com consequências catastróficas para a paz mundial e destino da Humanidade.

O Principado de Andorra contra Portugal!

Arre pôrra!

Um mini-Estado, sem exército, sem presidente, povoado essencialmente de muitos espanhóis, bastantes portugueses, alguns franceses e pouquíssimos nativos, entendeu que bastava de não ser reconhecido a nível internacional; naquele Principado, de 340 km2, em que noticia pode ser quando mosquito embate numa mosca ou incógnito cágado se masturba…

A Embaixada de Portugal, com toda a precaução diplomática tudo fazia para que as suas raras e inócuas decisões não atentassem  à soberania do nobre estado…

Mas naquele minúsculo Pais, cheio de tanta fé quanto hipocrisia, desgovernado por camponeses complexados, alguns prepotentes funcionários sexualmente desajustados faziam reinar certo terror caseiro.

Assim é que a funcionaria Merixell, do serviço do protocolo, tomou o poder e entendeu que a guerra teria por inicio uma perseguição doentia dos funcionários portugueses, complicando-lhes vida no Principado tanto quanto possível…

Foi para a linha da frente, inundou o nosso “competente” Ministério dos Negócios Estranhos com múltiplas “Notas Verbais”… que muito
Irritaram a nossa chefia diplomática…

A complexada aprendiz diplomata “andorrenha”, fincando cornos na persistência, propôs-se mesmo declarar a guerra a Portugal com todas, obvias e dolorosas consequências: o perecimento de 80.000 indígenas (a totalidade dos “abrunhos”).

Não tenho duvidas que o JoanMira  tem a sua parte de responsabilidade neste episodio miserável. O vosso servidor nem sequer quer que duvidem da sua audácia…

Pugnando sempre contra a hipocrisia, avançou e deu a cara, como habitualmente faz!

Ele estah neste momento, na sua psíquica incapacidade, a coleccionar mortíferos balázios destinados a escolhidos cretinos.

São muitos né?!

Quando acontecer, já não importa ouvir dizer que era maluco…

Bordeaux, 01 de abril de 2016.

JoanMira