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5.10.16

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Lembrei-me subitamente que eu próprio podia ser um ser humano. Não pelas dores físicas ou outras, que de vez em quando nos chamam à realidade mas porque até os sonhos são mais frequentes e irreais…

Não irei evocar a eterna questão: que faço, porque estou aqui? Outros cérebros muito mais bem constituídos se debruçaram sobre a questão sem chegarem a conclusão que satisfaça a alma…

Que pensar então? Modular-se à existência existente, respeitando as regras impostas ou sonhar por um mundo diferente?

Impedir ao cérebro “magicar” sobre a nossa essência?

Seria possível aceitar o compromisso máximo: cumprir e sonhar?

Quanto a mim, sonhar é imprescindível durante o espaço-tempo arbitrariamente imposto.

Que fazer, então?  Para sonhar é preciso ir até ao fim da tortura.

Morrer não é morrer; talvez seja o reencontrar de outra “vida” esclarecidamente  mais iluminada e que há muito não mais brilha  nos olhos das crianças…

Mas, de repente, ouve-se o altifalante: “o sonhador com destina à planeta a definir é requerido imediatamente ao guichet 4 – Secçao B…” Acordei!!!

05-10-2016

JoanMira