Lembrei-me subitamente
que eu próprio podia ser um ser humano. Não pelas dores físicas ou outras, que de
vez em quando nos chamam à realidade mas porque até os sonhos são mais frequentes
e irreais…
Não irei evocar a
eterna questão: que faço, porque estou aqui? Outros cérebros muito mais bem constituídos
se debruçaram sobre a questão sem chegarem a conclusão que satisfaça a alma…
Que pensar então?
Modular-se à existência existente, respeitando as regras impostas ou sonhar por
um mundo diferente?
Impedir ao cérebro “magicar”
sobre a nossa essência?
Seria possível aceitar
o compromisso máximo: cumprir e sonhar?
Quanto a mim, sonhar
é imprescindível durante o espaço-tempo arbitrariamente imposto.
Que fazer, então? Para sonhar é preciso ir até ao fim da tortura.
Morrer não é morrer;
talvez seja o reencontrar de outra “vida” esclarecidamente mais iluminada e que há muito não mais brilha nos olhos das crianças…
Mas, de repente,
ouve-se o altifalante: “o sonhador com destina à planeta a definir é requerido imediatamente
ao guichet 4 – Secçao B…” Acordei!!!
05-10-2016
JoanMira