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10.9.17

Texte - à coup sûr


C’est décidé, je partirai ce jour-là.
Jour triste mais teinté de vérité.
Il me suffira d’une seule fois
Ce sera mon grand soir.
 
J’en ai vu des tentatives. Certaines
Vaines et sans sincérité ; d’autres
Couronnées de succès et embaumées
De flamboyants et odorants cyprès.

Ce soir-là je partirai avec regret.
Celui d’abandonner les êtres aimés
Qui continueront de m’aimer au-delà
Du souvenir.

Bien sûr, serai-je un peu triste de 
Partir assez tôt vers l’absolu, mais
Dès que glas sonnera, m’en irai
Sans tristesse ni haine.

Rio de Janeiro, le 4 avril 2012.


JoanMira

5.9.17

Texte - Ne tirez plus sur les flics


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- Allo, c’est toi Manu ?...

- Allo… oui… qu’est-ce que c’est ?!

- Je suis bien chez Manu ?

- Oui…pourquoi ? Qu’est-ce qu’il y a… ?!

- Je ne te réveille pas, au moins… ?

- Putain ! Oui tu m’as réveillé ! Mais qui es-tu ?!

- Ton copain Joan !

- Mais j’ai pas de copain Joan…!

- Tu habites toujours dans le seizième, dis ?

- Non, bordel ! Je vis à Sarcelles, et je suis flic. Au fait, t’habites où toi?

- Pourquoi tu me demandes ça, Manu ?

- Pourquoi ? Mais pour te remercier, mon pote ; tu m’as réveillé à cinq heures du mat, tu m’as emmerdé au moins cinq minutes… Alors, si t’es pas très loin, on pourrait prendre le petit-déjeuner ensemble…

- C’est vrai ? C’est très gentil Manu…

- Et je te dis tout de suite ; moi ce sera du rouge et du saucisson,    comme d’habitude, et  toi ce sera de la MATRAQUE, petit con !

Rio de Janeiro, 31 octobre 2012

JoanMira

17.8.17

Texto - A navalha do Mestre Marrafas

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Aconteceu ha quase 60 anos, mas ainda me lembro do bigode, do largo corpanzil do Mestre “Garrafas” como nos os putos lhe chamava-mos.

Estão a ver aqueles “pueblos” ensoleirados e poeirentos dos Far-West americano la para os lados da California ? Pois eu vivia com 7 ou 8 anos em Valverde (Alentejo) – parece um titulo  de filme western – mas é pura realidade.

A 5 ou 6 km era a estação  ferroviária do Tojal. E, aqui chegados, temos de volver ao Far-West. Aquele “aparadero” onde a locomotiva chegava quase sempre por volta das 10 horas, poucos ou nenhum passageiro trazia : trazia porem um tesouro que o meu padrinho ansiosa e semanalmente  ansiava.

A estacão era mesmo parecida com aquelas que a malta via nos filmes de cow-boys : Um grande barracão de madeira colocado entre as duas vias ; duas vias, qual quê? Duas vias poucos metros antes e outros tantos entre a estacão, depois era o normal : via única !

Se vos falo  do Tojal, é porque o meu padrinho tinha o seu “barracão” situado em frente da barbearia do Mestre “Garrafas”. No fim de semana no barracão havia sempre filmes e bailaricos que duravam até às tantas…

Os putos não eram “super-protegidos” como hoje em dia e, claro, aproveitavam, noite fora, para fazer traquinices… O Mestre Marrafas de vez em quando “aparecia” como a Virgem e a sua frase era sempre : “Já para casa seu gavião ; senão vai já uma tesourada”

17-08-2017


JoanMira     

16.8.17

Texto - Os "necessitados" do Rilvas

Hoje apetecia-me dizer, (como se não fosse esse o meu lema constante!), o que me vai na mente : as senhoras e/ou senhores “necessitados”, cheios de complexos e “necessidades” não sei se estão naquele sitio para cumprir o seu dever ou para alimentar o seu ocio inato ! O "dia de trabalho" costuma ser assim : chega-se às 10, e la vem a secretaria com o seu cafezinho. Faz-se de conta de trabalhar meia-hora, assinam-se documentos sem sequer lê-los (Aih Lello !),  da-se uma volta pelos gabinetes para cumprimentar colegas vistos há poucos minutos, fala-se do Sportem e do Benfica…

Quem viveu nesta vida nómada, sabe que devo ter um réstia de razão (“olha que isso não se faz…”...

Mas, pouca sorte a minha, além dos Mira, pertenço também à família dos Barradas… E juntando os dois apelidos, pode dar um cocktail  explosivo…

Por isso me têm deixado há mais de um ano sem vencimento, e que depois de requerimento da reforma, inventam truques (para me tentarem domesticar)… Enviei já há dois meses o formulário de pedido de aposentação… Escreveram, anteontem para o consulado de Bordeaux (e não Bordéus seus palermas, os nomes próprios não se traduzem !) dizendo que não receberam o formulario ; receberam todos os documentos enviados menos o referido e o verso do meu CC (so isto é verdade).

Esperam levar-me ao desespero total. Mas não vão conseguir, cretinos ; continuem a beber bicas, comer pasteis de nata (é mais fino) ou de bacalhau com “imperiais”,  (também é bom).

A comunicação social esta ansiosa por conhecer certas verdades.

Durmam por enquanto descansados merd@ de bufos. A vossa hora há-de chegar.

16-08-2017

JoanMira


PS. para o Senhor Embaixador Seixas da Costa - que não pertence à casta atrás descrita -, quando e se lhe apetecer pode dialogar comigo.

13.8.17

Texto - A diplomata analfabeta (2) – Manuela Ruivo

Agora, mais de um ano sem receber vencimento, vou comecar a revelar gentes e factos que pouco honraram Portugal.

A maior “diplomata” analfabeta que conheci, chegou a Bayonne (França),  no ano fatídico de 1996. Mas pouco interessa o ano. Era uma histérica que, ao chegar ao consulado, no meio da rua, buzinava repetidamente até que qualquer escravo … viesse arrumar o carro.

No interior do consulado, entrava a gritar, e no fim depois no fim do dia saia a gritar.

Infelizmente, um dia chegou-nos um acidente gravíssimo em que perderam a vida 13 cidadãos portugueses e muitos ficaram feridos. Como numero dois do Consulado, tratei de tudo ; contactos com a brigada da estrada francesa, operação de repatriamento dos feridos e a maior parte falecidos.

Mas antes do avião sanitário descolar, aparece a espavorida, em altos berros (como de costume) , a “ralhar” como era seu habito, com os Portugueses em destreza.

Muito tenho a dizer sobre essa senhora : falsificação de documentos de identidade seus ; Permanência ilicita no consulado, servindo-se dos funcionários e do telefone quando tinha já ordem hà mais de um mês para regressar a Lisboa…! 

Isso é roubo mesmo. Em breve contarvos-ei outras desventuras da Manuela Ruivo (“de mau pelo”)

13-08-2017

JoanMira 


6.8.17

Texto - Zé Moura


Foto de perfil de Zé Manel Moura
Meu Amigo, meu irmão, venho, eu também festejar aniversarios. Como sou traquina, festejo em primeiro o segundo : faz hoje dois meses que deixei de fumar ; talvez assim continue a ser eternamente perpétuo, i.e. que a morte me esqueça...  Isto é uma introdoçuzão "à Zé Moura" ! A tua minucia qualidade de escritura e recito é unica ! 

Mas voltemos ao que interessa. Desejo-te meu Amigo de excelência, um aniversario muito feliz, na companhia da Lurdés, Pierre, Ana e os milhentos Amigos que tens. PS - Tinhas razão, o Marcelo é o Presidente que nos fazia falta. Um grande abraço. Muitas saudades de vocês !

06-08-2017

JoanMira

Victor Jara - "Zamba del "Che" - Audio - Musica

Victor Jara - "Zamba del "Che"" - Musica

Victor Jara
"Zamba del "Che""

27.7.17

Texto - Hipocrisia

Assim me fizeram os progenitores…

Cientes de que a sua cultura e inteligência iriam fazer de mim um ser excepcional. 

A aposta estava perdida à partida, porque desde logo me apercebi que nunca seria o génio que os meus progenitores esperavam. Em pouco tempo compreendi que "nada ia dar". E assim aconteceu. 

Entretanto vi falecer os meus pais, familiares, Amigos de infância e agora quase ninguém me resta.

Viver sem família  custa ; mas viver sem aqueles jovens Amigos das velhas tardes de domingo... O Roberto cantava "belos tempos, velhos dias"...

Hoje, com a idade, so nos restam tempos de velhas lembranças ; lembro com saudade as namoradas e todas emoções ; pensando no passado, vamos tropeçando nas nossas recordações... Velhos tempos, belos dias.

Damos então uma volta nostalgica ao jardim das felicidades, não encontrando a nossa esperança, recolhemos por alguns minutos aquela casa onde fomos felizes...

Dizia um Amigo meu : "O tempo não existe ; nos é que passamos pelo tempo"... Acabo por reconhecer que o Zé Moura tinha razão e acrescento, que vale passar no tempo ?  

Mas apos ter ficado na televisão ou no computador, uma vontade irresistivel manda-nos para o silêncio onde apenas chilreiam os passarinhos.

E pensamos : que interessa  viver no deserto ...Recordacões é tudo que resta  na orelea do fim desta existência que, muitos, com muito prosélitismo dizem não ser a ultima.

Respeito porque sou laico.

Tendo voltado para casa, por momentos vazios, da-nos logo vontantade de ouvir os passarinhos... Mas, é ja noite cerrada e eles, cumprindo o seu instinto repectiliano, ja estão a dormir.

Então pensamos : "é muito cedo para ir dormir ; ainda não são horas para ir às put#s ! 

Damos, então uma volta à casa para verificar se os vizinhos são tão infelizes como "nosco"... Luzes continuam desesperadamente acesas... F°d#a-se, tentar dormir ; nunca mais acordar.

E chega o fim do domingo ; os vizinhos cumpriram com a sua obrigacão de receber familiares e amigos agradecendo, simultaneamente a Deus que aquela malta "abra". 

Descansar é primordial ! Apresentar-se com ar feliz, curvado, na segunda é fundamental ! Mais ; sorrir hipocritamente diante do patrão, com cara "felicissima" é o mais importante. Atão na é ?

02-08-2017

JoanMira

24.7.17

Texto - Hi, boss das "Necessidades"

Hi boss ! “Nececidades” ?

Disculpa boss esta introdução e intromissão nos teus desabafados, palermas e sérios curtilhões; eu não vivo assim ; sou pobre mas o meu cérebero continua, insistentemente, a querer reflectir… Puta que pariu ;  o meu pensamento positivo tinha que emergir …

Mas reflectindo, e pensando simultaneamente, (o que para si é fácil mas pr’a mim difícil pr’a carago),  lembrei-me – ao adormecer – de V. Exa subitamente.

V.Exa. ganha num dia o que jamais a população vai ganhar numa vida inteira ! Acha justo ?
  
Mas deixemo-nos de tretas ; V. Exa. na  qualidade que é a sua de difundir/repetir tudo o que lhe foi regular e obrigatoriamente transmitido pelas Embaixadas e Consulados de Portugal, pavoneia-se, armado em defensor de todos os Portugueses por esse mundo afora e, enche a algibeira graças ao trabalho de muitos, o que você nunca fez !

Pois é, pois é ; sei do que falo pois já muito vivi com ignorantes apoiados pelos papas. agora, se me o permite, dos funcionários que em consulados e embaixadas, dão o apoio possível aos seus concidadãos. Tarefa complicada, sabendo que os utentes, graças a politicas do passado, têm aumentado, que o numero de funcionários tem diminuído, que a esses mesmos funcionários se tem cortado na remuneração, suprimido dias feriados, aumentado a carga horária de trabalho, impostos…

Não, Senhor Secretario de Estado, não estou a exagerar… Alias 
V. Exa. Poderá averiguar os factos junto do nosso Ministério dos Negócios Estranhos.

Aquela fortaleza, expugnavelmente inacessível, é um Reino na Republica! E o rei é sempre o Secretario-Geral.

Não considere como ofensa o que lhe digo mas nem o Senhor nem os seus antecessores conseguiram mandar naquele território que, subjugado ao poder divino mais não é que uma “Republica do Penico de Prata”…

Vivo no estrangeiro há décadas, sempre ao serviço do Estado Português, mas muitas vezes tentaram fazer-me compreender que a minha actividade apenas servia para o bem estar das Senhorias enviadas pelo M.N.E., sem critério que se discerne, com a vida regalada que lhes permite auferir remuneração a rondar os 15.000 €uros/mês!

Acha V. Exa. normal que se lhes ofereça tamanha vantagem económica quando o nosso Pais atravessa tantos problemas ?

Não será de decapitar algumas pessoas que nos sarilharam?

Que acha sr. senhor secretario de estado ?... 

Essas pessoas não são indispensáveis à prossecução dos objectivos que acredito ser os seus e, muito modestamente, os meus.

Qual é esta Pátria que se mobiliza para festejar o "Dia da Pátria" com a "festinha das medalhas" e "heróis de alfinete" esquecendo as suas forças vivas: as gentes que trabalham de verdade! Peço-lhe transmita a S. Exa. o Presidente da Republica, por quem tenho admiração, que não esqueça nunca os filhos de Portugal que, não obstante estarem longe da Pátria, não deixam de a amar.

Voltando à questão que me move, dir-lhe-ei, Senhor Secretario de Estado, que na minha longa carreira convivi com dois cônsules honorários, um cônsul, cinco cônsules-gerais, dois embaixadores… Acredite que nunca foram indispensáveis salvo rara e honrosa excepção…

Mas, vou terminar esta missiva de receio de lhe roubar algum do seu precioso tempo. Se escrevo a V. Exa. é para lhe dizer que estou revoltado. Depois de tanto ter servido o Estado longe de Portugal, encontro-me doente e sem vencimento há um ano.

Acresce que nada peço para mim. Peço-lhe apenas que se lembre dos meus Colegas (Brasil) que, em situação muito difícil, continuam a bem servir Portugal.

27-05-2016

JoanMira

Coordenador-Técnico


ex-Vice-Cônsul de Portugal