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24.7.17

Texto - Hi, boss das "Necessidades"

Hi boss ! “Nececidades” ?

Disculpa boss esta introdução e intromissão nos teus desabafados, palermas e sérios curtilhões; eu não vivo assim ; sou pobre mas o meu cérebero continua, insistentemente, a querer reflectir… Puta que pariu ;  o meu pensamento positivo tinha que emergir …

Mas reflectindo, e pensando simultaneamente, (o que para si é fácil mas pr’a mim difícil pr’a carago),  lembrei-me – ao adormecer – de V. Exa subitamente.

V.Exa. ganha num dia o que jamais a população vai ganhar numa vida inteira ! Acha justo ?
  
Mas deixemo-nos de tretas ; V. Exa. na  qualidade que é a sua de difundir/repetir tudo o que lhe foi regular e obrigatoriamente transmitido pelas Embaixadas e Consulados de Portugal, pavoneia-se, armado em defensor de todos os Portugueses por esse mundo afora e, enche a algibeira graças ao trabalho de muitos, o que você nunca fez !

Pois é, pois é ; sei do que falo pois já muito vivi com ignorantes apoiados pelos papas. agora, se me o permite, dos funcionários que em consulados e embaixadas, dão o apoio possível aos seus concidadãos. Tarefa complicada, sabendo que os utentes, graças a politicas do passado, têm aumentado, que o numero de funcionários tem diminuído, que a esses mesmos funcionários se tem cortado na remuneração, suprimido dias feriados, aumentado a carga horária de trabalho, impostos…

Não, Senhor Secretario de Estado, não estou a exagerar… Alias 
V. Exa. Poderá averiguar os factos junto do nosso Ministério dos Negócios Estranhos.

Aquela fortaleza, expugnavelmente inacessível, é um Reino na Republica! E o rei é sempre o Secretario-Geral.

Não considere como ofensa o que lhe digo mas nem o Senhor nem os seus antecessores conseguiram mandar naquele território que, subjugado ao poder divino mais não é que uma “Republica do Penico de Prata”…

Vivo no estrangeiro há décadas, sempre ao serviço do Estado Português, mas muitas vezes tentaram fazer-me compreender que a minha actividade apenas servia para o bem estar das Senhorias enviadas pelo M.N.E., sem critério que se discerne, com a vida regalada que lhes permite auferir remuneração a rondar os 15.000 €uros/mês!

Acha V. Exa. normal que se lhes ofereça tamanha vantagem económica quando o nosso Pais atravessa tantos problemas ?

Não será de decapitar algumas pessoas que nos sarilharam?

Que acha sr. senhor secretario de estado ?... 

Essas pessoas não são indispensáveis à prossecução dos objectivos que acredito ser os seus e, muito modestamente, os meus.

Qual é esta Pátria que se mobiliza para festejar o "Dia da Pátria" com a "festinha das medalhas" e "heróis de alfinete" esquecendo as suas forças vivas: as gentes que trabalham de verdade! Peço-lhe transmita a S. Exa. o Presidente da Republica, por quem tenho admiração, que não esqueça nunca os filhos de Portugal que, não obstante estarem longe da Pátria, não deixam de a amar.

Voltando à questão que me move, dir-lhe-ei, Senhor Secretario de Estado, que na minha longa carreira convivi com dois cônsules honorários, um cônsul, cinco cônsules-gerais, dois embaixadores… Acredite que nunca foram indispensáveis salvo rara e honrosa excepção…

Mas, vou terminar esta missiva de receio de lhe roubar algum do seu precioso tempo. Se escrevo a V. Exa. é para lhe dizer que estou revoltado. Depois de tanto ter servido o Estado longe de Portugal, encontro-me doente e sem vencimento há um ano.

Acresce que nada peço para mim. Peço-lhe apenas que se lembre dos meus Colegas (Brasil) que, em situação muito difícil, continuam a bem servir Portugal.

27-05-2016

JoanMira

Coordenador-Técnico


ex-Vice-Cônsul de Portugal