A minha vida tem sido
feita de muitos combates; a violência já me feria desde a minha tenra infância;
com apenas cinco anos já tinha “direito” a punições físicas…
Mas, para mim era
normal; o meu pai assim me educava.
Era uma era diferente
da que hoje vivemos; A mesa, no almoço ou jantar, nem tossir podíamos, quanto
mais falar…
Ia à escola primaria
em Silves (o director era o professor Verdaga) e da parte da tarde ia para a
obra (futura Escola Industrial e Comercial) de Silves, endireitar pregos e, no
fim de semana, colocar nos envelopes o salário dos operários sem hipótese de me
enganar nem sequer num centavo de escudo…
Por vezes os meus pais deixavam-me na primeira casa em que vivemos. Alegria era a minha dormir entre o Senhor Sebastião e sua esposa... O calor quentinho dos dois era um premicio de paraiso...
Por vezes os meus pais deixavam-me na primeira casa em que vivemos. Alegria era a minha dormir entre o Senhor Sebastião e sua esposa... O calor quentinho dos dois era um premicio de paraiso...
E no domingo até íamos à
praia de Armação de Pêra; felicidade…
O meu pai era ma
pessoa rude mas honesta; dele me ficou o sentido de justiça. E nunca reproduzi,
bem pelo contrario, o sentimento de violência que de vez em quando o assolava,
ele que teve uma vida muito complicadamente violenta…
Felizmente, não
reproduzi, em relação aos meus filhos tudo o que considerei não estar bem.
Quando chegar a minha vez, poderei ter a satisfacão de dizer amei os meus pais e adoro os meus filhos.
03-02-2017
JoanMira