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13.8.16

Texto - “Tacho e “Panela”

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Vive-se actualmente em Portugal um clima de grande incerteza politica.

O “socialista” o Assis, que andava a ruminar uma qualquer maquiavélica vingança desde que foi preterido da liderança do PS, aproveitou o resultado das eleições para “botar” fora o fel que lhe corre nas veias.

E assim jorrou o: “Contranatura” na eventualidade de os partidos de esquerda poderem vir a formar governo; como se a maioria dos eleitores não tivesse maioritariamente votado PS/BE/CDU…,ao ponto de se situar tão à direita do seu partido que pode parecer legitimo e oportuno alvitrar se o artolas não deveria migrar quanto antes para junto de Peter Steps Rabbit e Paul Doors, com a bênção de Cavacuo Silva.

Qual a diferença entre Assis, Coelho e Portas?

Do menino frustrado, desiludido, ávido e birrento já falamos. De Pedro Passos Coelho nada vamos adiantar pois todos temos em memoria as promessas feitas antes de ser “prime”, traduzidas em mil mentiras dignas do Pinóquio Sócrates. Resta-nos Paulo Portas para nos divertirmos um pouco.

Pelo semblante carregado que tem apresentado nos últimos dias, parece que as coisas não lhe estão a correr la muito de feição. Aparenta todos os sintomas de alguma angustia, de breve “des-coligação”, de perda do “tacho” com que, irrevogavelmente, foi prendado.

E para ele, como é obvio, um bom “tacho” não pode ser substituído por uma grande “Panela”! Paciência caro, os "tubaralhos" ja arreganham a dentuça...

Depois de se “por a milhas” da governação, pode ser, ainda, que volte seriamente à baila o caso dos submarinos “rotos”…é “irrevogável” né?

Bordeaux, 15 de Outubro de 2015.

JoanMira

8.8.16

Texto - "Jovens filhos da puta"


As irmãs dos filhos da mãe não são necessariamente pessoas de ma vida, como apregoam os antigos.

Hoje em dia ser filho da puta é de uma banalidade extrema. As mães continuam a não estar em causa. Elas procriaram com amor sem saberem que, não obstante todo o carinho, iriam “parir” monstros.

As mães são seres que irradiam amor eterno. Têm sempre com elas a esperança de ter dado à luz um bebé extraordinário.

Mas, infelizmente, não é sempre assim, por isso aparecem aprendizes monstros capazes dos maiores horrores por vezes sem deles terem consciência.

Vi há pouco tempo, na Internet, uma jovem queimar um cachorro, de patas atadas, indefeso, sofrendo horrivelmente… Ela sorria…

Deu-me vontade de vomitar e cresceu em mim uma revolta extrema.

Nesse momento senti, de facto que há seres que não merecem qualquer respeito. Nem sequer que lhes chamem aquilo que as mães não foram.

01-06-2015

JoanMira

3.8.16

Historia do assessor que chamou "Alforreca" a Passos


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Há nove meses, João Gonçalves, autor do blogue "Portugal dos Pequeninos", escrevia um post com o título "A alforreca". Era sobre Passos Coelho e a sua "inoportuna proposta de revisão constitucional". Aí, escrevia: "Insensível ao curso da realidade, tal qual uma alforreca perdida com a mudança das marés e das correntes, Passos deu à costa com um tema perfeitamente escusado, mal explicado e sem o menor interesse." E concluía: "Passos já vai na terceira ou na quarta oportunidade e ainda não conseguiu uma primeira boa impressão. Palpita-me que tem um lindo futuro atrás dele".
Nove meses depois, Passos chegou a primeiro-ministro e Gonçalves chegou com a "alforreca" ao Governo - é adjunto político do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. O mesmo Relvas que o autor do "Portugal do Pequeninos" (um dos blogues de política mais lidos do país) chamou "pequeno Torquemada de Tomar" (30-10-09).
O atual adjunto de Relvas disse do PM o que muitos dos seus adversários não ousariam pensar. Em janeiro de 2010, depois de ver uma entrevista de Passos à RTP, Gonçalves desabafava: "dói-me a tola. Passos provoca enxaqueca porque aquilo é Sócrates sem os anos de palco que Sócrates leva. (...) Oscila entre o velho cacique da 'jota' e o antigo candidato à câmara da Amadora numa gravitas que cheira a falso." Outra entrevista, em dezembro de 2009 (feita por Adelino Cunha, agora também no gabinete de Relvas), mereceu comentários como estes: "Reparem na 'clareza' dos lugares-comuns facilmente parafraseáveis por um qualquer secretário de Estado da nomenclatura de Sócrates", "reparem na subtileza digna de um mediano treinador de futebol". Passos era reduzido à condição de "homem que chegou 'a fazer um casting para participar num musical do La Féria, no Politeama' mas que, pelos vistos, não chegou aos calcanhares de uma Anabela ou de uma Wanda Stuart."
Antes de Passos ser líder do PSD, Gonçalves era igualmente cáustico. "O que mais falta anda a fazer é emergir, como putativo líder, o sr. Passos Coelho, o delfim de Ângelo Correia e uma vacuidade absoluta", escrevia em 2008. Três semanas depois, voltava à carga: "Coelho distinguiu-se como um vulgar cacique da JSD. Por si só, esta circunstância recomenda-o imediatamente como candidato a salvador da pátria como, a seu tempo, Ângelo nos fará crer que ele é." Mais tarde, Passos, ainda candidato ao PSD, era metido no lote dos "candidatos a futuros artistas de circo", ou era descrito como "a mais recente abrótea", "formado no pior aparelhismo".
Com Passos já à frente do PSD, Gonçalves classifica a direção do partido como "assaz medíocre" e o seu líder como "só mais um nessa inconfundível balaustrada pejada de putativos salvadores de uma coisa que já não tem salvação."
Palavras só comparáveis com a violência usada pelo bloguer para falar de Sócrates. Não é por acaso que foi o principal blogue de apoiantes de Sócrates - "Câmara Corporativa" - a fazer o levantamento dos textos de onde foram retiradas estas citações.
Ler mais: 

27.7.16

Banif: Comissão Europeia arrasa governo de Passos Coelho


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Num documento enviado aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Banif, a Comissão Europeia aponta o dedo ao anterior governo PSD/CDS pela sua inação e inaptidão na gestão de todo o processo.
“Desde que a aprovação temporária da ajuda do Estado foi aprovada em Janeiro de 2013, a Comissão instou repetidamente Portugal a agir no caso Banif” pode-se ler na carta de resposta de 59 páginas enviada de Bruxelas, a que o jornal Público teve acesso. O documento mereceu elogios do deputado Miguel Tiago do PCP, que salientou “a clareza superior ao habitual” da argumentação e que demonstrava que “o anterior Governo foi no mínimo negligente”.  Mário Centeno, ministro das Finanças, também elogiou a resposta do executivo comunitário, notando que fica claro que “é reconhecido pela Comissão que este é um processo anormal.”
Na carta, assinada pela liberal Margrethe Vestager, Comissária para a Concorrência, é revelado que “a Comissão foi muito clara em cada momento sobre as diferentes versões das propostas de planos de reestruturação enviados pelas autoridades portuguesas, e que não permitiriam o regresso da viabilidade ao Banif. As diferentes versões tinham em comum, entre outras coisas, dados de muito fraca qualidade, projecções de rentabilidade irrealistas e sem fundamento”. Assegurou ainda aos deputados que  no passado aprovou “planos de reestruturação em Portugal que foram implementados (por exemplo no BCP e no BPI)” e que “as decisões, nesses casos, foram tomadas em menos de 18 meses após o início das discussões”. A comissária sublinha que tal “contrasta fortemente com a duração das discussões sobre o Banif que se estenderam por mais de três anos”.

24.7.16

Texto - Merda de gente!

Texto de merda, gente de merda e merda de gente: o sacrificio de uma geracão...

Foram os melhores anos de Portugal, mas ja não temos ilusões e está tudo por fazer. Nada esperamos de FMI's de merda, de BCE's da porra nem de TROIKAS da PUTA QUE OS PARIU! Europa, das obras públicas dos corruptos do Parlamento, ou da canalha que nos prometeu o céu e se serviu em vez de servir o Pais.

Presidente da Republica estatuo, preocupado com a reforma que diz ser de merda...resta-nos a curiosidade de esperar até quando o Povo decida enfim revoltar-se.

A geração de filhos da puta que despejou um balde de merda nesta década perdida esta a acabar. Pode ir para casa comer tofu, porque acabou. Pode ir a Londres comprar sapatinhos Miu Miu, encanalhar-se em Berlim, beber Dom Perrignon em Paris, porque acabou.

Estes foram os melhores anos de Portugal, os nossos anos dourados. Os velhos ainda berram por Salazar, os destroços de 68 ainda querem revolução — mas o rasto de perfumes caros desvaneceu-se, as putas calam-se e os cabrões devoram os filhos.

Os que saírem dos escombros desta merda, os que limparem a merda desta gente, os que cuspirem nesta gente de merda serão melhores do que somos. Por isso estes foram os melhores anos de Portugal, os nossos anos dourados.

As putas calam-se e os cabrões despedem-se ruidosamente. Estão mortos e ainda não sabem...

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2012

JoanMira

22.7.16

Texte - Fable : Une journée dans la savane

Le rhinocéros "Grosrocha" se prélassait, tranquille, paisible,  dans le peu d’eau qu’il restait dans sa mare fétide préférée.

Il savourait la victoire obtenue sur tous les animaux de la jungle.

Son dernier adversaire, le lion des roches, il n’en avait fait qu’une bouchée… toute la faune s’était rendue à son pouvoir ; il y avait bien les éléphants (les "machopinto", surtout) mais ils n’étaient pas dangereux ; forts de leur force, ils  n’étaient pas spécialement belliqueux…

Sous le ciel bleu-azur, les gazelles rêvaient, les oiseaux aux couleurs chatoyantes gazouillaient, les prédateurs humains se tenaient à distance.

Hormis le chant harmonieux des alizés, rien ne venait troubler le paysage bucolique caressé par les courants tièdes ; c’était l’harmonie parfaite dans un Paradis rêvé.

Un orage grondait au loin ; bon  présage  pour tous. De l’eau, de l’eau… Les bêtes n’attendaient que cela ! L’eau c’est la vie ; cela signifie l’habillage en vert de la savane.

Tous se réjouissaient : les gazelles allaient pouvoir brouter, les lions pouvoir les dévorer et les hyènes préparer le festin des carcasses restantes ; les larves allaient croître, donnant naissance aux papillons ; les arbres allaient assouvir leur soif, ainsi que la végétation.

D’autres petits animaux, les rongeurs, se préparaient aussi à la fête !

Et le rhinocéros "Grosrocha"?

De se prélasser aussi il continuait. Certes de l’eau en plus cela ne le rendait pas plus heureux que cela,  sachant que l’odeur d’égout de sa mare adorée allait disparaître…

En outre, il ne savait pas que ses jours étaient comptés !

Il avait été victime d’une piqûre d’un tout petit moustique qui, dans la mare fétide à l’odeur d’excréments, avait réussi à traverser son derme…

Il agonisait maintenant avec des pensées de regret ; que n’avait-il été plus magnanime avec les plus faibles ?

Hélas, c’était trop tard ; le moustique "Naperdoaomira", sous des airs d'insecte pacifique, allait mettre un terme à ses jours… Déjà les hyènes s’approchaient…et les oiseaux continuaient de gazouiller.

14-03-2016


JoanMira 

18.7.16

Texto - Adelino Pereira


Cada minuto que passa eu penso sem você,

Quando a tristeza me amassa, penso em você.

O Roberto me disse que gostava de você.
Pena, na altura, não estivesse com você.

O Rio não é assim tão lindo sem você.

Mas seria um paraíso com você!

Vivi mil aventuras sempre pensando em você.
Acabando em desgosto por não ter você.

Se um dia ao céu chegar, la só quero reencontrar
um Amigo como você.

Bordeaux, 18 de Julho de 2016.

Em homenagem ao meu Amigo, Irmão, Adelino Pereira.

JoanMira

13.7.16

Texte - Scènes de la vie quotidienne - Le facteur ne sonne qu’une fois (en français/e em Português)

Aujourd’hui à l’aube, vers dix heures du matin, je fus réveillé par la sonnerie stridente de mon interphone ; qui cela pourrait-il être sachant que jamais personne ne "frappe à ma porte". Un éclair : mais c’est bien sûr, c’est le facteur.


Je saute rapidement de mon plumard, je fais cinq mètres (eh oui il est grand mon appart) pour me rendre au combiné interphonique et je dis "allô" et … Aucune réponse…


Alors, à force de me faire "avoir" par le facteur facétieux, je descends "tombeaux ouverts" les étages pour, à l’arrivée : RIEN ! Je jette un œil sur ma boîte aux lettres et là, je vis la preuve de son passage : un avis de lettre recommandée avec avis de réception.



Remontant, encore étourdi, à mon quatrième je m’interrogeais sur la provenance de la lettre. Je voulus partir à la Poste tout de suite, mais ma mémoire me rappela que j’avais rendez-vous à midi avec mon médecin ; le temps de prendre ma douche, me raser, me parfumer, m’habiller, j’ai rapidement conclu que ce n’était pas possible.


Je décidai, donc, de me rendre à la Poste en début d’après-midi. Ce qui fut fait. A quatorze heures j’étais là.



Je pousse la porte qui se referme sous les montants métalliques , gonds jamais huilés, dans un bruit infernal et… personne.



Si, pourtant, au fond de la pièce se tenait une matrone aux gros seins, petite taille et un cul énorme qui ne bronchait pas occupée qu’elle était sur son ordinateur…


Cinq minutes à "poireauter" et l’envie me prit de commencer à crier… Mais je n’en fis rien imaginant subite et rapidement, l'intérêt de l’expérience…

C’est vrai, je suis comme ça ; je passe à travers la vie tel un chroniqueur avide de transmettre aux autres mes expériences vécues; je vis, ou du moins j'essaye, et je veux que tous les êtres vivent. J’ai cette dualité en moi (je n’ai pas que des défauts) qui me permet de résister à beaucoup de situations difficiles.

Entretemps le temps passait ; deux autres clients s’étaient agglutinés ; la matrone continuait à se régaler sur son jeu d’ordinateur ! Mais soudain, allégresse et joie, une certaine envie de pisser nous l’amène vers le guichet des patients.

Aucune excuse ni regret ; ses paroles furent :

« Si vous ne sonnez pas », montrant un panneau merdique, vous pourriez rester là toute la journée.

//

Um dos franceses disse « merci ».

Eu não disse nada mas pensei: “que granda filha da Putå”

Foi verdadeiramente um dia de merda! Lembro-me nesta altura de um grande Amigo alentejano que, em momentos menos felizes lançava esta frase que ficara para sempre na minha memoria: "Ah sorte de um cabrão!!!"

Mais; quando li o teor da carta (com ameaças, mais ameaças), pensei também associar uma amiga "consolada” a todo o Inferno em que vivemos.

Obrigado aos Amigos que me apoiam.

Bordeaux, 13 de Julho de 2016

JoanMira