Em Portugal, como todos sabem, não faltam necessidades. Mas existe um largo em Lisboa, habitado por putas, rabiscas e cabrões onde nada falta a não ser competência, rigor e honestidade.
Não há regulamentos, decretos ou leis que possam contrapor este básico
e constitucional principio: o trabalhador deve receber o seu salário no local
onde, por decisão dos seus superiores hierárquicos, se encontra a prestar funções.
Vem isto a propósito da passada “guerra” entre Portugal e Andorra, desencadeada,
dizem, por falta grave do autor.
Sintetizando, o Principado esteve a desenvolver “agastada” pressão sobre
o ministério dos Negocios Estranhos de Portugal, acusando o funcionário de não ter cumprido
com protocolares obrigações.
Sem querer aqui referir a razão que possa legitimamente assistir ao importante
Estado andorrano, gostaria, apenas, de enfatizar o que é dito no intróito: manteve-se o obediente funcionario em Andorra, após o encerramento da embaixada de Portugal, acatando
instruções da hierarquia, negociando com sucesso os interesses do seu Pais, defendendo o Estado, transacionando todas as operações de ultima hora que lhe foram demandadas.
Ao cabo de dois meses de permanência suplementar naquele principado, sem receber vencimento que, natural e “eloquentemente”, era transferido para o que viria a ser o seu futuro posto, não tendo outro
rendimento que o seu salário, começou, obviamente, a ficar “teso”.
Consequente e obviamente não teve dinheiro para legalizar a carripana,
doada a uma filha noutro Pais.
Como a filha também tivesse o grande defeito de ser pobre, ficou à
espera que o pai lhe enviasse alguns carcanhois para pagar a legalização do
carro.
O pai esperava que o abrir de uma conta bancária no pais para onde foi colocado seria uma simples formalidade; depois transferia o dinheiro, e a filha com placas do
seu pais, devolvia de imediato as andorranas ao destino...
Mas o previsto não aconteceu; o pai foi considerado “PEP” no pais de
transferência (leia-se “Pessoa exposta politicamente”) e a inesperada formalidade
transformou-se em árdua missão burocrática, com a consequência de ter de esperar dois meses e meio para
abrir conta bancária e, finalmente, poder transferir dinheiro para o sustento
da família e pagamento da famigerada legalização!
Em conclusão: foi acusado de não ter tido a prudência
necessária de precaver a situação em que se encontrou, isto é ter previsto de poupar ainda mais alguns miseros tostões para estar em condições de cumprir com todas as suas obrigações; sem salário durante dois meses porque o
Ministério, apesar de o obrigar a ficar em Andorra, enviou o seu vencimento para longincuas milhas; e por isso o pobre funcionario foi acusado da degradação das
relações bilaterais e provavel guerra entre os dois Estados.
Caricato! Na altura era ministro o panasca do Paulo Portas; sim, aquele que fez a negociata dos "submerdarinos"...
Djimaiz nos parece que se achincalhe dessa forma o funcionario cumpridor.
Ele aceita antecipadamente a pena de morte: "entende que a merece"! A mortal execução fa-lo-ia feliz, sabendo que iria encontrar nos Céus, Pais, Amigos e
Familiares; mas antes, não deixaria, porém de “fazer a folha” a alguns FDP que
poluem a vida das pessoas simples e normais…
Claro que os referidos elevar-se-iam sincronizadamente com os primeiros
mas, subitamente, a sua trajectória desviar-se-ia para um sitio menos agradável,
tal como uma piscina repleta de excrementos, onde ficariam com esses até ao
pescoço, sendo que de quando em vez, repetidamente, guardas viriam com bastões
bater-lhes na cabeça para que voltassem ao seu elemento natural, bebendo e
comendo aquilo que são!
Amigo do Corcovado, tu que até és um cara bacano, ajuda-nos : eles não sabem o que fazem…!
03-04-2017
JoanMira