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Complexo e prepotência no palacio cor de rosa - Texto





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Não resistimos à vontade de publicar novamente o texto escrito em 2012 no Rio de Janeiro. A prosa, enviada diretamente ao secretario-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros bem como a todos os seus assessores, valeu ao autor três processos disciplinares e outros tantos castigos de que muito se orgulha.

“Não há regulamentos, decretos ou leis que possam contrapor este básico e constitucional principio: o trabalhador deve receber o seu salário no local onde, por decisão dos seus superiores hierárquicos, se encontra a prestar funções.

Vem isto a propósito da “guerra” entre Portugal e Andorra desencadeada, dizem, por falta grave do autor.

Sintetizando, o Principado estará desenvolver “agastada” pressão sobre o ministério de Paulo Portas, acusando um simples funcionário de não ter cumprido com protocolares obrigações.

Sem querer-mos aqui referir da razão que possa legitimamente assistir ao importante Estado andorrenho, seria de enfatizar o que é dito no introito: o autor manteve-se em Andorra após o encerramento da embaixada de Portugal, acatando instruções da hierarquia, negociando, alias  com grande sucesso,  os interesses do seu Pais, transacionando ainda  todas as operações de ultima hora que lhe foram hierarquicamente solicitadas.

Ao cabo de dois meses de permanência extra naquele pais execrável, sem receber vencimento que, natural e “eloquentemente”, foi transferido para o que viria a ser o meu futuro posto, não tendo outro rendimento que o seu salário, comecou, obviamente a ficar “teso” sem meios económicos para o cumprimento de algumas “protocolares obrigações”.

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Esperava poder fazê-lo logo que se desse o reencontro com o seu vencimento !

Mas o previsto não aconteceu: considerado “PEP” no pais de transferência (leia-se “Pessoa exposta politicamente”), a almejada formalidade transformou-se em árdua missão burocrática, com a consequência de ter de esperar dois meses e meio para abrir conta bancária e, finalmente, ter acesso ao seu dinheiro !

Concluindo: o arguido foi no mínimo acusado de não ter tido a prudência necessária para precaver a situação em que se encontrou: isto é ter poupado ainda mais alguns tostões para estar em condições de cumprir com todas suas obrigações; sem salário durante dois meses porque o Ministério, apesar de o ter obrigado a permanecer em Andorra, o transferiu para o local do futuro destino. Foi ainda acusado da degradação das relações bilaterais entre os dois Estados, da possível (provável?) guerra entre os dois países…

Pensamos que é dar demasiada importância a um banal funcionário…

Receou-se, naquela ocasião, que ele fosse ainda acusado de todas as falcatruas, irregularidades e atitudes escandalosas que se passaram e continuam a passar em muitos consulados e embaixadas antes da sua tomada de funções no Rio de Janeiro. Mas por este andar…

O arguido aceita, antecipadamente, a pena de morte que entende "merecer", recusando-se, desde já a uma eventual comutação em pena de prisão perpétua, temendo antecipadamente o possível cumprimento da sanção em Andorra!

Se for mesmo execução, está disposto a levar na sua companhia e “feliz” ascensão, alguns poluentes e desajustados FDP que grassam naquele ministério, ninho de algumas putas e muitos paneleiros, aos quais não terá deixado, porém e previamente, de “fazer a folha”...

Claro que, naquela "agradável e linda viagem", os referidos elevar-se-iam sincronizadamente com o primeiro mas, subitamente, a sua trajetória desviar-se-ia para um sitio menos agradável, tal como uma piscina repleta de excrementos, onde com eles ficariam até ao pescoço, sendo que de quando em vez, mas regular e repetidamente, guardas viriam com bastões dar-lhes na cabeça fazendo-os voltar ao seu elemento natural, bebendo e comendo aquilo que são!”


Rio de Janeiro, 23 de Maio de 2012

JoanMira