Mas
quando acontecer a chacina, sem "ondes" nem "comos" mas com um "quando" maiúsculo,
decerto não vai haver voluntários para uma
justa perda de dentes inevitável!
Sem dentes, sem cabeça, sem cérebro…Nada!
No momento fatídico todas as luzes se apagam; deixam de existir "ais
Jesus", “credos” ou "nossas senhoras"!
Réstias de luz ainda tentam uma ténue iluminação das tormentas mas é tarde
demais…O seu desespero vai morrendo à meia luz enquanto nascem as nossas esperanças.
Com dentadura podia-se sorrir ou comer alimentos consistentes; com a
mesma, branca e de boa qualidade, podiam-se ocultar frustrações e hipocrisias;
até se podia ser diplomata; é que a dentuça sempre teve relevância
nas relações humanas.
Por isso aconselhamos a alguns que dela tenham cuidado,
não vá um
vento infeliz ser acusado da sua privação.
O “Bolero”, de Ravel, gera no espírito uma obsessão linda; e na
complexidade dos pensamentos, paz, harmonia, caos e violência estão
interligados.
No espírito humano muitos sentimentos se confrontam: o adquirido positivo
regula a vida em Sociedade, mas o instinto crocodiliano pode sobrepor-se por
vezes. Amor e ódio são irmãos gémeos.
Sim,
neste Mundo a "galheta" tornou-se num começo cada vez mais
fundamentalmente necessário como argumento face aos que roubam descaradamente o
Povo; este tão somente sobrevive numa Sociedade decadente que outorgou aos
primeiros o direito de enriquecer dolosamente cada vez mais, atribuiu aos
mesmos cargos directivos e/ou governativos em detrimento de qualquer lógica num
hino à incompetência!
Tinhas
razão Otelo Saraiva de Carvalho.
21-03-2014
JoanMira