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Texto : "Saber, ser, estar, agir..."

Nasci - ainda não tinha um ano - sem ter sabido às oito de uma chuvosa matina. Disseram-me que foi num 9 de marco ainda invernal.

Fui um « puto » dócil e ameno, fruto da austera educação que « levei ».

Bom aluno fui na escolaridade primaria, depois... Revoltei-me contra as instituições educativas, e a elas só regressei para passar exames. (tive professores que aceitavam com alguma cumplicidade a minha forma de actuar).

Para existir na Sociedade, rapidamente me apercebi que, sem abdicar das ideias, era preciso dar aos cretinos julgadores provas de não ser burro em absoluto. Dei-lhas e continuem a seguir o meu trilho.

Estudante, estudei o indispensável para ter « notas de passagem » ; por isso « passei » sempre.

E cheguei à vida profissional.

Mantive a mesma atitude mas acrescentei-lhe algo que me tinha trazido a experiência da vida : fui considerado bom profissional mas, algo desajustado da carreira diplomática.

Pudera! Nunca suportei nem incompetência (extraordinariamente bem paga), nem cretinice dos mesmos (extraordinariamente bem pagos), nem parolice (dos mesmo e sempre extraordinariamente bem pagos).

O leitor percebeu que o meu feitio proporcionou muitas das « moengas » tidas com os meus « superiores ».

Agora aposentado, aproximando-me da meta, posso enfim dar azo ao que é a essência do ser : a liberdade de expressão !

06-04-2019
Texto e imagem
JoanMira