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6.7.19

Texto - Ministério dos Negocios Estrangeiros : trafulhices, sacos azuis, contas paralelas... Porque não se investiga ?

a foto de perfil de Antonio Topa, Nenhuma descrição de foto disponível.
Soube há instantes, pela televisão, que o BES (acho que se trata do Banco Espírito Santo) teria utilizado um chamado saco azul. Não sei do que se trata, só me recordo de há muitos anos ter denunciado a existência dum chamado saco azul (pessoalmente diria um saco mais que negro) no MNE (Ministério dos Negócios Estrangeiros). Sem terem dito que era por isso e sem nunca me terem desmentido, sei que a minha denuncia, enquanto Secretario-Geral do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas de Portugal no Estrangeiro (STCDE), fui um dia despedido por telegrama, assinado pelo Conselheiro Social da Embaixada de Portugal, em Paris, Hélder Veiga Pires, a quem desejo que a terra lhe seja leve. Era titular da pasta o Ministro Jaime Gama e Secretaria de Estado para a Emigração, Manuela Aguiar. Portugal estava então no chamado bloco central, penso que era assim que se chamava. Parece que esse saco azul do MNE, que não figurava sequer no Orçamento Geral do Estado, ao que eu saiba, já não existe. Parece, no entanto, que os doutos diplomatas do Palácio das Necessidades, onde o vento libertador do 25 de Abril nunca penetrou (penso ao actual titular da pasta que me desminta, mas com factos e não com belos discursos), encontraram uma forma equivalente ao tal saco azul.

Termino, colocando esta questão essencial : por que razão nunca o espírito de Abril chegou às Necessidades?
Existe ou não, nesse Ministério, algum saco azul para satisfazer vontades de certos diplomatas?
Sou cidadão português e, por isso, é meu dever colocar publicamente certas duvidas , na vã expectativa de obter uma resposta concreta.
António Topa
A imagem pode conter: uma ou mais pessoasA propósito desta mensagem do Amigo António Topa, uma vez mais venho denunciar as aldrabices que acontecem nas nossas representações no estrangeiro. Revelei, em tempo útil, o que observei no Rio de Janeiro. O maior escândalo onde milhões de €uros desapareceram... Repeti a noticia sem fim mas, curiosamente ninguém procurou debruçar-se sobre o assunto. No entanto a revelação que fiz é muitíssimo fácil de comprovar.

Terei de dizer nomes para que a nossa Justiça acorde ?

06-07-2019
JoanMira

5.7.19

Humor - Video - Vargas/Peter Steps Raebit : "Por acaso o mérito é meu"

"Por acaso o mérito é meu"

Texto - Historias da Emigração : Auto de interrogatório a cidadão reguila


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Estava eu tão descansado naquela linda manhã, respirando perfumes de maio, quando fui interrompido por estridente e telefónico som inimigo:

“Alô… daqui fala Pinto Barradas. O senhor chanceler vai ter que ouvir em auto de interrogatório, a pedido da Justiça portuguesa, um cidadão que fez das boas…

- Sim, claro, senhor cônsul-geral, vou chama-lo à sala de espera?

- Sim…Não…Espere ai, eu próprio o levo ao seu gabinete”.

E apareceram-me em curto prazo o corpanzil do cônsul empurrando o frágil “arguido”.

- “Tome lá, – lançando a carta precatória – e extraia dele tudo o que for necessário para boa elucidação da autoridade.”. E saiu repentinamente para se dedicar, decerto, a actividades mais importantes.

- “Senhor…?”

- “Jaquim Manoel”, responde com largo sorriso o faltoso.

Li-lhe rapidamente o termo de culpa, sem de vez em quando ter de reprimir um esboço de riso. A situação era cómica e eu, transformado em magistrado, tinha de manter um oficial respeito.

Era assim, textualmente, o relatório elaborado pelo cabo-comandante da GNR do Seixal :…

- “Eram 4 horas da manhã quando vi um carro de matrícula estrangeira aproximar-se do ponto de controlo a alguma velocidade. Instado a parar, o condutor parou. Como lhe fiz a observação de que me parecia estar ébrio, rindo me respondeu: “Pois, tive numa festa e querias que bebesse agua seu labrego”. 

Ignorando o insulto, pedi-lhe que soprasse no detector de alcoolemia, ao que me respondeu: “Só sopro depois de tu soprares seu manguela”…

Pedi-lhe, então que me mostrasse os documentos de identificação e da viatura, ao que me respondeu: “Eu mostro-te é o caralho!”.

“Diga-me então o seu nome” ao que respondeu: “Olha, em português é Jaquim Manuel e em francês é tens os cornos virados para tras”…

De paciência esgotada apontei-lhe a arma de serviço; mas o individuo saindo bruscamente do veiculo, apoderou-se da mesma, deu-me dois pares de estalos, rasgou-me a farda e pirou-se.”

Viria a saber algumas horas depois que já se encontrava no estrangeiro de França.”

Bem, confesso que perante o pitoresco da situação apenas pedi ao Jaquim Manel que assinasse o depoimento, largando logo a seguir e a solo, valentes gargalhadas…

29-04-2015
JoanMira