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23.2.18

Texto - A revolta do povo brasileiro





Segundo o jornal “O Globo” “A descrença nas instituições pode estar por trás das manifestações de violência e de crimes bárbaros que têm ocorrido” no Brasil . E vem, com “pareceres” científicos, malabaristas e algum cinismo, sustentar a encomendada tese com sondagens, percentagens e “dados preliminares” de um estudo do Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo… Da-sse!...

Apetece-nos dizer, nos que somos ateus graças a Deus e que nos valha a Senhora do São Cri calho!

Descrença nas instituições?!

Mas que por grande bátega nos tentam regar com eufemismos bacocos?

Na realidade, no Brasil como em qualquer parte do mundo, as populações fustigadas acabam quase sempre por se revoltar, inexoravelmente.

Não conheço o Brasil; apenas vivi parcos tempos (de privilégio) em Copacabana; dessa efémera passagem restam lembranças lindas do Povo que descia das favelas para se juntar com jovialidade, amabilidade e alegria aos “gringos”, na praia;

“Povo brasilêro não é violento, não!”; é “aberto”, comunicativo e amigo…

E quando por vezes “bêbe djimaiz”, dorme no passeio sem cobertor apenas resguardado pela fé inenarrável que preside a todos os actos do seu dia-a-dia.

Uma simples pergunta para concluir: você tornar-se-ia violento se o seu salário fosse de 200 €uros por mês? Se a consulta a um médico especialista fosse quase do mesmo montante? Se não tivesse acesso a uma simples habitação “legal” fora da favela? Se o deixassem morrer à porta do hospital cheio de doentes “acamados” no chão dos corredores? Se visse o seu Pais gastar rios de dinheiro com estádios de futebol à só gloria da FIFA? Se tivesse consciência que os seus representantes políticos fossem na grande maioria corruptos?

O que faria? Rezava à Senhora do São Cri Calho… como fazem os Portugueses com a “virgem” de Fátima?

Não queremos dizer com isto que se enverede pela violência como fazem alguns brasileiros desesperados. Nada disso. Apenas queremos compreender o porquê da “descrença” nas instituicões.

Bordeaux, 09 de maio de 2014
JoanMira

18.2.18

Texto - Estrelas, Universo, Felicidade...

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Até gostava que o sol girasse em torno do meu mundo para contrariar definitivamente, se necessário, alguns crentes do passado.

E, já agora, gostaria, a fim de satisfazer a minha curiosidade intelectual, que a Terra pudesse observar o lado escondido da Lua.

Gostaria, também, que seres inteligentes doutra galáxia pusessem ordem no nosso Universo; ele que parece ondular ao sabor de ideias de alguns (poucos) indígenas privilegiados que teimam em considerar eternos todos seus valores materiais...

Penso, ainda, que a felicidade poderia estar à sombra de prazeres fisiológicos; talvez; mas, quanto a mim, ela é linda na contemplação das estrelas no céu infinito… para, de quando em vês, descer à terra e ajudar todos os seres que sofrem, carentes de auxilio.

Mas hoje tenho o privilégio de, à janela da minha casa, observar estrelas, no céu infinito, associando cada uma delas a seres amados e desaparecidos.

18-02-2017
JoanMira

14.2.18

Texto - "Eu"


Porque não sou sectário, porque não fui (ainda?) atingido de proselitismo, porque detesto claques e facciosismos, porque entendo ser Livre, porque os Amigos não precisam de ostentar o que detesto, porque a corrupção não tem ideologias oportunas...

Porque os amigos pertencendo a todo e qualquer quadrante político-confessional que lhes aprouver, e tutti quanti… Porque entendo que a sinceridade é essencial…

Porque… Porquê? O tempo não passa, nos é que passamos por ele; e todas as mentiras acabam por ser reveladas na sua prova oculta.

Quanto mais me afasto da mentira, melhor me dou comigo, eliminando simultânea e progressivamente as gentes da “treta”.

Quando chegar a minha hora, irei em paz com a minha consciência.

14-02-2016
JoanMira

7.2.18

Texte - Les bienfaits de la folie




Me l’entendre dire, me réjouit
Je m’en réclame, cela me rend
Plus humain. Brisons là ! Je ne
Veux pas l’être ; à moi défauts.

Donc, me réclamerai-je de la Folie
Pour participer de l’Humanité ?
C’est à voir, si cela me convient car
Etre fou cela peut vous avantager

Pouvoir exhaler les humeurs comme
On expire l’air fétide, cela vous confère
Une position autant haute qui pourrait
Vous surélever au-dessus de la médiocrité.

Le fou, parce qu’il voit le monde
Différemment, aperçoit à l’instant
Tous grands ou petits travers de ceux
Qui l’environnent en se moquant, peut-être

Du temps des rois, (même aujourd’hui) on les
Appelait des « bouffons » ; ils Vivaient dans
l’entourage des monarques, et eux seuls avaient le
Droit à une Langue bien pendue ; je regrette ce temps.

A ma façon, puisque certains pouvaient dire une crue
Vérité bien à soi qui était tolérée par le Roi ; et on les
Y incitait ; et moins étaient respectueux de la manière
Plus étaient-ils de plus en plus ils étaient considérés.

Ah, heureux temps des bouffons du roi, si tant
Absolutistes, reniant le pouvoir intemporel, mais
Acceptant ces humoristes précoces et Irrespectueux,
Pour si tant aiguillonner leurs maîtres puissants

Andorre, 12 juillet 2011.
JoanMira

4.2.18

Rui Veloso - "Maubere" - Video - Musica

"Maubere"

Texto - Antigamente é que era bom (com tortura)

Nos tempos em que estudei, (pouco, diga-se) preconizava-se nos salazarentos alfarrábios, entre proselitismo e ameaças, não ter ideias esdrúxulas outras que as autorizadas...


O Povo analfabeto sobrevivia feliz, em paz e com muita esperança na nossa senhora de Fátima.


E, não raramente, ajuntava-se à alegria do fim de semana mais uma vitoria do Benfica… Ah “ca ganda pais”… Quem tem Eusébio tem tudo…!

Havia também quem cantasse o fado com alegria à beira da sua rua, no poial da sua porta… Mas que “ganda Pais mesmo”!...

Era um Pais feliz… menos a miséria, a fome, a guerra, as torturas da PIDE…

Que “ganda Pais” que obrigou, num perfeito suicidio, a sua população a emigrar.

Pior; a emigração actual de pessoas formadas, tecnicamente competentes, “expelidas” de Portugal, indo enriquecer Países dirigidos por verdugos nossos…

Isto já não é Salazar; foi Passos Coelho, Paulo Portas & Co.

Bordeaux, 04-02-2012

JoanMira