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18.11.16

Texte - Souvenirs en noir et blanc

Dénichée la photo noir et blanc ; elle est belle autant que mes souvenirs et regrets. Elle me transporte aux temps heureux de mon enfance, insouciance quand tout était beau avec beaucoup d’êtres disparus qui me manquent ; ils faisaient ma vie heureuse, ou non, mais leur présence me rassurait.

L’avenir était certain et, en cas de quelconque incident, rien n’était grave puisque ils étaient là.

Aujourd’hui affleurent maintes choses, souvenirs avenus trop tôt dans les prémices de la vie, tels une rose qui se fane dans le fouillis de la pensée. 

Le temps est l’assassin de nos regrets ; la rose épanouie n’exhale plus de parfum ; seules les senteurs du temps passé peuvent encore nous enivrer.

La nostalgie de Ronsard, disait déjà que le temps ne passe pas ; il n’existe pas ; c’est nous qui passons par lui… l’espace d’un matin.

Alors quoi, où et pourquoi ? Si L’existence est si brève, essayons de ne pas l’interpréter comme si elle devait être le point final à notre conscience.

L’après sera doux, attendrissant, fleuri de caresses.

Ce sera le temps des retrouvailles.

Bordeaux, 18 novembre 2016

JoanMira

17.11.16

Texte - "Le ridicule ne tue pas, mais il met mal à l'aise”


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Nous sommes férus de cette citation de l’écrivain québécois Louis Gauthier. Il est, en effet, des situations où elle a tout raison d’être.

Parmi tous les candidats à la "primaire" de droite, pléthore de candidats  prêts à se sacrifier  uniquement pour "faire le bonheur du peuple" (ils ne disent pas « pauvres-gens »), aux accents larmoyo-crocodiliens, refusant tout égocentrisme dont ils débordent, il y en a certains moins hypocrites que d’autres.

Mais y a des candidats à la Présidence qui n’ont jamais entendu parler de notre Louis Gauthier…

Le ridicule ne tue pas ; heureusement (ou non) sinon maints candidats seraient exterminés sur le champ ! Et les politiques survivants n’auraient plus l’audace de mentir comme des arracheurs de dents.

Venons-en aux faits ; parmi tous les candidats à droite (comme à gauche, d’ailleurs), il en est un qui devrait détruire son homonyme en se regardant dans la glace quand il se rase ; il a été Président et, simultanément, la risée du Monde lors de ses fréquentes apparitions. Nous vous laissons deviner son nom…

Mais, actuellement, il y a du nouveau ; l’actuel Président hésite encore s’il doit se représenter ou non, malgré l’énorme impopularité qui l’accompagne, conséquence de sa politique et comportement personnel désastreux…

Revenant aux candidats de droite, il en est un qui, paraît-il, est le favori des français ; sachant que c’est un homme au long parcours politique, aussi long que son impopularité quand il a assumé par le passé les fonctions de premier ministre, qu’il a été condamné par les Tribunaux, qu’il s’est exilé et qu’il veut nous faire croire à sa virginité et jeunesse…A moins que ce ne soit sur les pancartes de ses partisans : " PéJU"!!!

Nous avons le droit de nous interroger sur la mémoire défaillante de beaucoup et, surtout, sur la motivation du revenant et de ce qu’il pourrait offrir, au-delà de lui-même, à ses concitoyens.

Décidément, le ridicule n’a pas fait de victimes.

Bordeaux, 17-11-2016



JoanMira    

13.11.16

Texto - Tempestade no Rio



E subitamente o céu desmoronou…

O dia lindo transformou-se em pesadelo

Abateram-se enormes bagos de agua 

Transformando tudo.


Inundando e mudando seres.

Imprevisível o dilúvio caiu na cidade.

Apenas alguns humanos

Sobreviveram.


O Rio do sol e alegria virou inferno.

Inundação dos seres e corações.

A tempestade chegou à cidade

Sem contemplações.


Ricos, pobres, todos sofreram

Mesmo se alguns pensaram

Que Deus actuava por

Eleição.



Sobrevivi, por enquanto

Não sei se é bom.


04-02-2013
JoanMira

6.11.16

Texto - Vida dum cabrão



Trabajas durante quarenta años para tu ministério y acabas en la miséria porque enfermo no puedes mas trabajar y no te pagan el salário…

Protestas, escribes y siguen sin pagando.

Escribi en 21 de juño… Hasta hoy ninguna contestacion…

Miséria triste. No tengo salário. Me iré por la calle pedindo…

Pero me queda aun una solucion que aqui no diré…

06-11-2016


JoanMira 

Texto - Ódio e amor

Esta manhã acordei cedo e incomodado. Pensei em tudo que tinha escrito na véspera em relação a uma miúda amada e fiquei decerto muito mal comigo… Porque será que tanto escrevo e me exponho a contingências da vida.

Tenho comigo ódio e amor. Não consigo sempre ultrapassar sentimentos. Quando gosto, gosto, Quando odeio até posso ser violento "djimais"!


Talvez nos meus últimos espasmos consiga guardar para mim tudo o que exprimo sem qualquer cuidado. Vem isto a propósito de uma garota que amo e adoro. 

06-11-2016
JoanMira

5.11.16

Texto - Rabetas, panascas, rotos...(so nos faltava isso...)


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A forca desses grupos é imparavel! Grassam em qualquer sitio onde haja odor de excrementos... Em Lisboa, por exemplo, ha muitos em Alcântara. E no Bairro Alto nem se contam! Indo pra Alfama, nem vos digo... Tem Graca? Sim, sim também por la proliferam e dos lados dos Prazeres, rés-vés Necessidades, poluem o acido de carbono. 

Convem elimina-los?

Dar o nome Carlos Castro a uma rua? Vão gozar outro! 

Eu pensava que já tinha visto tudo neste filme mas afinal não. Um grupo de amigos do cronista quer dar o nome Carlos Castro a uma rua de Lisboa. Surreal. Ridículo. Espero que seja uma brincadeira. 
"Um grupo de amigos de Carlos Castro, em que se inclui La Féria, propõe ao presidente da Câmara de Lisboa que o nome do cronista seja incluído na toponímia da cidade" in Correio da Manhã


Não me vou ficar pelo óbvio que seria dizer apenas e só: quem foi Carlos Castro para dar o nome a rua, esquina, rotunda ou beco? Tem falecido muita gente de grande valor nos últimos tempos. Relembro a recente perda do jornalista Carlos Pinto Coelho, um grande, enorme comunicador e ícone da cultura e sua transmissão neste país. Mas pelos visto é outro Carlos quem está na calha para ser eternizado dando o seu nome a uma rua. Eu sugiro antes uma ladeira ou rampa. Não era ele que servia de rampa de lançamento para tudo o que é pára-quedista social?

Estou a ver daqui a uns anos o avô com o netinho pelo braço, a passearem e a desfrutar do sol da capital quando o petiz se sai com esta: "Ó avô, quem foi o Carlos Castro?" "Quem? Diz o velhote visivelmente atrapalhado..." "Ali avô - apontando - a placa diz rua Carlos Castro." "Ah sim meu filho... Olha esse senhor lançava muita gente no mundo cor-de-rosa com as suas crónicas de grande veia poética e conhecimentos no mundo do jet-set. Sabes o que é o jet-set filho? "Não avô, o que é isso?"

"Olha rapaz, em Portugal o jet-set são aqueles tesos que não têm dinheiro para comprar um pacote de sugus mas que parecem varejeiras em volta das festas do social. Desde que haja imprensa especializada em revistas de leitura de wc eles estão lá. Tarólogas, bruxos, manequins tenrinhos, desconhecidos ou conhecidos porque apareceram dois minutos na televisão a dizer bacoradas, e depois um grupo de gente que o teu avô não sabe bem o que faz ou como ganha a vida, mas que tem sempre um diminutivo no nome: Vivis, caquis, mimis, cócos, pipis, xonés e assim." "Não estou a entender avô... Olha filho, nem eu, mas é assim querido".

"Então e o que aconteceu ao senhor?" "Bem, o senhor foi viajar e a coisa correu mal. Lembras-te quando o avô te diz que é perigoso para os miúdos pequenos abrirem garrafas de vinho sozinhos? Mas deixa lá, isso a avó depois explica-te melhor..."

Se querem eternizar a vida de Carlos Castro sugiro um show travesti. Algo que ele adorava, faz mais sentido. Até dou umas dicas ao encenador La Féria: "As bichas de Nova Iorque" se for musical ou "E tudo o vento do túnel de Metro levou" se for drama. Agora, deixem-se é de ideias bacocas. Chamaram de tudo à população de Cantanhede por fazerem a missa e a vigília de solidariedade e agora querem dar o nome de uma rua da capital ao Carlos Castro? Antes dele estariam milhares de pessoas. Milhares.-- 
M.Odete Praça

4.11.16

Texto - Uma vida ao serviço do Ministério dos Negocios Estranhos

Estou a pensar que num Pais dito civilizado até pode haver qualquer individuo, apos 40 anos a servir o Estado que se encontre sem meios de subsistência.

(é o meu caso)

Pugnou, lutou, foi transferido para Estados improváveis; a sua reconhecida competência permitiu que fosse para postos por alguns muitos desejados.

Viu Colegas amedrontados falando em sussurro para não serem entendidos por gente “superior”.

A Lei? nem pensar! Ela foi feita para filhos de tubarões, vulgo companheiros de pastores de cabras.

Voltando a nos, vamos sobrevivendo sem salário porque os FDP das "Necessidades" entenderam que um homem "falador e normal" pode sustentar-se com os soluços da revolta que nele vai fervendo...

Estou velho, cansado...

Mas... de quando em vez lembro-me de alguma mocidade e logo me vem uma energetica comichão que em linha reta oriunda da caixa cranial, passando pelos dedos  e chegando até à ponta dos punhos…

Anormal, eu...Ser tão pacifico que até os pardais na minha mão se pousam. Pacifico eu? Sim, em principio; adoro os animais, respeito os humanos, tento sempre ser urbano para com todos que cruzam o meu trilho.

Afinal o meu pai até me ensinou algumas coisas.

Bordeaux, 04-11-2016

JoanMira 

3.11.16

Texto - Seminario "El loco" do Sporting

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O Sporting Clube de Portugal é sem duvida um grande clube; mas tem, além do mais, uma mística especial: consegue sempre eleger presidentes patetas, originais e, por vezes corruptos.

Tem uma excelente escola de jovens mas teima em adquirir atletas de alto nível que se tornam em jogadores comuns depois de passarem alguns tempos em Alvalade…

Porque será?!...

Quando era “puto” até gostava do Sporting; ainda hoje me lembro do tempo contado dos “cinco violinos”…

Não, não venho denigrar; o Sporting é um clube que merece respeito. Mas este "post" vem a propósito de uma historia que, não sei porquê, me veio à memoria.

Lembram-se os sportinguistas menos jovens do grande jogador peruano: Juan “El loco” Seminário? Estávamos em 1959, após a era dourada dos “cinco violinos”.

Seminário jogava, então,  no Municipal de Lima quando com apenas 20 anos chegou à Selecção do seu País, fazendo furor com a sua estonteante velocidade, aliada a uma técnica apurada e a uma boa capacidade de finalização, que o tornaram conhecido como o "Expresso de Lima", principalmente depois de ter marcado três golos à Inglaterra e dois ao Brasil, quando fazia parte de uma das melhores linhas avançadas da história do futebol peruano.

Desejado pelos grandes clubes da Europa, Seminário acabou por ingressar nos “leões”.

E em  10 Outubro de 1959 foi apresentado em Alvalade perante cerca de quarenta mil espectadores, estreando-se 15 dias depois no Estádio do Restelo.

Mas só jogou duas épocas no Sporting, sem ter ganho nenhum titulo. Conquistou, porém e de imediato os sportinguistas com o seu virtuosismo e as suas jogadas sensacionais e inesquecíveis, de tal forma que a sua partida motivou a deslocação em massa dos adeptos à sede do Clube, para reclamarem com a Direcção… Mas foi embora!

Por isso, em 1961, se ouvia na Emissora Nacional e Rádio Clube Português:
“Encosta a sua cabecinha no meu ombro e chora”, aqui reproduzido.


Recordar é viver.

Bordeaux, 16 de março de 2016
JoanMira

31.10.16

Texto - Ministério dos Negocios Estranhos bate recorde de exportação de cretinos

“Deixem-me rir”, do Jorge Palma, não é por acaso, ou não, uma musiquinha daquelas que teimosa e insistentemente se insinua na nossa mente.

Na consular vida profissional que há quarenta anos levo, desconsolada no fim, i.e., nos últimos trinta e nove, até nos foi dado o privilégio de ter de acatar ordens hierarquicamente cretinas. Foram tantos os “chefes” barrocos e incompetentes que não existe espaço livre no nosso disco rígido para a todos citar!... Mas lembro-me, para já, de um salutar ataque de riso perante o palerma “de canudo às costas”, confundindo certa musica “pimba”, “executada” por uma improvável charanga, de circo de aldeia, com o “Bolero” de Ravel…

Uma vez mais lanço um alerta: o número de cretinos exportado pelo Ministério dos Negócios Estranhos esta em grande e exponencial aumento. Recomenda-se ao ministro da esconomia que se sirva daquele exemplo para aumentar as exportações do Pais!

Uma vez saídos da piscina excremental os referidos patetas “gerem” instituições publicas, quando fora de cargos políticos mas rapidamente as deixam perante um sorriso cretino da sorte apadrinhada e voltam a ocupar “altas responsabilidades” da rés-publica!

Acontece em todos os partidos e vice-versa!

E de novo ai chegados, desmantelam, arrasam e esterilizam toda e qualquer economia, sob a douta orientação do chefe supremo cujo nome não me lembro nem interessa… Sem se esquecerem de organizar o saque e vigiar com toda a atenção as suas contas bancárias pessoais.

E quando chega o descalabro, quando o esturro começa a cheirar, “piram-se e dão à sola” rapidamente para aterrarem de pára-quedas em deliciosas  instituições internacionais, de preferência ligadas à finança...

31 de Outubro de 2016.

JoanMira